Com papas e bolos se gabam os tolos

Com papas e bolos se gabam os tolos

Com papas e bolos se gabam os tolos

6 Fevereiro 2025, Quinta-feira
Membro da Direção de Organização Regional de Setúbal do PCP

As Grandes Opções do Plano e Orçamento (GOP) de 2024 para o munícipio da Moita , no valor de cerca de 76 milhões de euros, foram anunciadas como as maiores de sempre. Anunciaram o princípio básico do cumprimento dos compromissos assumidos perante os cidadãos, com a realização de investimento em vários projetos e obras nas mais diversas áreas.
Escolheram o Ordenamento do Território e Reabilitação Urbana, com o início dos trabalhos de substituição da rede de saneamento por todo o concelho a ser um ponto fulcral, num investimento de cerca de três milhões de euros. Fica a pergunta: onde?
Também a mobilidade seria uma forte aposta neste orçamento, com a reconversão e requalificação de vários locais, das quais são exemplo a obra da rua S. Sebastião ou o alargamento da Ponte do Matão, na Moita, que não foram concretizados, como sabemos, por incompetência de um executivo que não é capaz de terminar uma obra dentro do estimado em tempo e em custo.
No Ambiente anunciaram que iriam dar continuidade ao investimento que se iniciou em 2023, com a colocação de contentores enterrados, as chamadas Ilhas Ecológicas, que iriam chegar, a pouco e pouco a vários locais do concelho … o que mais uma vez, não aconteceu.
Na área da Educação a autarquia prometeu continuar a apostar na Escola a Tempo Inteiro, com um reforço do alargamento da rede de respostas e qualidade dos serviços prestados e na realidade alguns alunos começaram a ter aulas a meio de dezembro, no final do primeiro período. Dizer que a escola a tempo inteiro está a ser abandonada um pouco por todo o lado, entrar nos edifícios escolares às primeiras horas da manhã, passando lá todo o dia, e sair já noite cerrada é a realidade que muitos conhecem e está errada. Os alunos do Ensino Obrigatório não devem permanecer nas instalações escolares após o horário lectivo. As actividades de ocupação de tempos livres devem ser obrigatoriamente realizadas em instalações alternativas ao espaço escolar ( ao ar livre, em museus, bibliotecas, pavilhões desportivos, etc…) estabelecendo-se uma parceria entre o Ministério da Educação, Autarquias e Movimento Associativo, para a organização de um “Programa Nacional de Ocupação de Tempos Livres” actual, que corresponda ao direito fundamental das crianças e dos jovens viverem fora da escola. Lamento eu e todos os que gostam deste concelho, o estado de degradação a que algumas escolas chegaram, demonstrando que estes executivos das autarquias não estão à altura de as gerirem e se não conseguem melhorar o que receberam do governo, ainda que os recursos sejam escassos como a CDU avisou, que falar em planear o futuro, requalificar e ampliar a rede de equipamentos escolares, porque os contentores não resolvem tudo e nem sáo futuro.
Quanto à habitação, da Estratégia Local do Município não se conhece nada, apenas sabemos que o município da Moita apresenta números muito elevados de pessoas sem-abrigo ou a viver em condições indignas e que há nos dias de hoje uma proliferação de barracas e que os míseros resultados em vez de nos orgulharem devem-nos envergonhar. Há anos que este executivo acena com 15 milhões de euros. Para onde foi o dinheiro?
O turismo, virado para o rio, mas também para uma vertente sustentável, como pilar do desenvolvimento económico local, não continuou a ser uma forte aposta da autarquia, nem o desporto que nestes anos viu o número de clubes e praticantes reduzirem-se drasticamente, quer por falta de apoio das autarquias, quer mesmo por ausência de condições, e tanto a juventude como a cultura foram muito mal tratadas.
Na verdade, a gestão do PS que acusava a CDU de nada ter feito, pouco mais tem para apresentar do que obras e projetos da CDU para mostrar e embandeira em arco com a água mais barata da região como se tivessem feito alguma coisa para isso. A àgua mais barata e com excelente qualidade no concelho da Moira resulta do conhecimento, trabalho árduo e apostas certas dos eleitos da CDU e dos trabalhadores da autarquia e não aconteceu por acaso ou foi fruto de um estalar de dedos de um eleito do PS.
Na verdade, o PS vive do trabalho da CDU. E o que dizia fazer falta e que continua a fazer, para eles agora não é assim tão importante, porque está esquecido. O que para o PS faz falta é apresenta como seu o que muito custou a outros a construir.
O maior orçamento de sempre, corresponde a pouco ou nenhum trabalho, a muitos anúncios e à apresentação do projeto e obras da CDU como suas, pois da parte do PS há mesmo muito pouco e o que há não é o que precisamos e muito menos o que merecemos.
Com papas e bolos, se gabam os tolos.

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