Para defender os direitos das mulheres o caminho é a luta!

Para defender os direitos das mulheres o caminho é a luta!

Para defender os direitos das mulheres o caminho é a luta!

4 Fevereiro 2025, Terça-feira
Secretariado Nacional do MDM

A decisão de encerramento do serviço de obstetrícia do Hospital do Barreiro é um golpe profundo no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com consequências gravíssimas nos cuidados de saúde e nos direitos das mulheres e famílias da região de Setúbal.

Este encerramento afecta as mulheres do concelho do Barreiro, da Moita, Montijo e Alcochete, tal como todas aquelas que para aqui vinham encaminhadas por consequência dos encerramentos, programados ou não, nos restantes hospitais da Região.

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Esta decisão é uma opção do Governo, justificada pela falta de médicos especialistas. A falta de obstetras não é uma novidade, é uma consequência de anos de desinvestimento e negligência na formação e fixação de profissionais de saúde, expõe a falta de compromisso dos sucessivos Governos PS, PSD e CDS-PP com a saúde e, neste caso especificamente, com a saúde materno-infantil.

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) tem vindo a denunciar os encerramentos e as concentrações de serviços nos Hospitais da Região, expondo as políticas que não têm como prioridade garantir o acesso à saúde nem salvaguardar mães e crianças, mas sim alimentar o negócio do sector privado da saúde.

O encerramento das urgências de obstetrícia no Barreiro força as grávidas a deslocarem-se para outras unidades hospitalares, longe da sua área de residência, aumentando o risco de complicações, partos em ambulâncias e a insegurança das mulheres e dos recém-nascidos.

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O encerramento deste serviço é um retrocesso inaceitável. As mulheres têm o direito de aceder a cuidados de saúde sexual e reprodutiva de proximidade, sem serem sujeitas a deslocações desnecessárias que podem comprometer a sua saúde e a dos seus bebés.

É evidente, e cada vez mais agravada, a desigualdade territorial no acesso aos cuidados de saúde.

É imperativo que o governo e as autoridades de saúde tomem medidas imediatas para reverter esta situação. É necessário investir na formação e contratação de mais profissionais de saúde, garantir condições de trabalho dignas que incentivem a sua permanência no SNS e garantam que todas as mulheres, independentemente da sua residência, tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.

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As mulheres não se podem calar e contam com o MDM.

Porque não há igualdade, desenvolvimento e justiça social sem a promoção da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, a partir dos cuidados primários e unidades hospitalares do SNS.

Porque não aceitamos retrocessos, não nos calamos perante injustiças e não suspendemos a luta, apelamos a todas as mulheres da região de Setúbal que tragam as vossas reivindicações e as juntem às do MDM no dia 8 de Março, na Manifestação Nacional de Mulheres, sob a consigna “Luta que une, força que transforma”, às 14h30 da Praça dos Restauradores à Praça do Município.

Localmente, apelamos ainda, a todas as mulheres dos concelhos afectados por este encerramento que se juntem no dia 22 de Fevereiro à Marcha pelo Direito à Saúde, convocada pelo MDM, pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos (CUSP), pela Comissão de Saúde da Baixa da Banheira, pela Associação das Mulheres com Patologia Mamária (AMPM) e pela União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP.

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