Chegámos aquele mês do ano, em que as montras se enchem de corações carmim. Ele é em forma de bombons, peluches, enfim uma panóplia de artigos para o “Dia dos Namorados”.
14 de fevereiro é mais uma comemoração importada, em que se celebra (ou não) a felicidade dos relacionamentos.
Quem gosta comemora, para quem não aprecia é apenas um dia como tantos outros, no entanto, aproveito a data e o mote para falar de amor…
Ora bem, todos nós passámos decerto por aquele amor pueril … os suspiros, o coração a bater desenfreadamente que mais parece um corcel a galope num prado verde, o primeiro beijo, a descoberta do toque da mão na mão que nos fazia parar a respiração.
E era tão bonito!
Seguem se os namoricos de adolescência e a cada paixoneta, jurámos a pés juntos que era para sempre …. normalmente não era!
Depois, ali pelos 20/30 anos encontramos a tal pessoa, aquela com quem provavelmente casámos, que foi o pai ou a mãe dos nossos filhos, com quem construímos uma vida, assim meio em modo de uma empresa, que começa do nada e quando damos conta, tem uma série de funcionários (filhos, família, amigos) e também, uma série de encargos financeiros e emocionais.
Infelizmente mais de metade destas relações acaba em divórcio.
A metade que resiste, a todas intempéries e a que cada solavanco, não desiste porque não se esqueceu que o motivo, que os fez chegar ali, foi o mais importante … o amor.
E isso também é tão bonito!
Mas voltando aos 50% que ficaram pelo caminho. Tenho para mim que cada um de nós, tende a procurar no outro a solução para um vazio e, frequentemente caímos na ilusão que algo nos irá completar, como se a chave da nossa felicidade, estivesse no outro e não em nós. Toda esta busca nada mais é, que saltar de relacionamento em relacionamento, na maioria das vezes sem amor, apenas gostamos … assim como se gosta do azul ou do cor-de-rosa.
Aprendemos tanto com todas as vivências, que só devemos aceitar o que de facto nos faça bem e realmente nos traga felicidade.
Como dizia Platão: “Quando o amor chega, o melhor de nós vem à superfície”.
É quase como se a nossa vida amorosa fosse ao contrário. Já temos garantidamente, bagagem e sensatez para escolher o homem ou a mulher, que queremos a nosso lado, em todos os dias 14, de uma vida por inventar.
Feliz Dia dos Namorados!