Quatro suspeitos, com idades entre os 20 e os 62 anos, foram constituídos arguidos. Instituição ficou sem poder apoiar 4 mil pessoas
Parte do azeite furtado, na madrugada de 20 deste mês, das instalações do Banco Alimentar Contra a Fome (BCAF) de Beja foi vendido a pessoas no Barreiro e em Portimão.
No total, foram levados 600 litros de azeite, num valor estimado de 5 mil euros, doados ao BACF de Beja por empresas da região alentejana e que a instituição tencionava distribuir por cerca de quatro mil pessoas, que são apoiadas mensalmente.
Esta terça-feira, a PSP anunciou que foram identificados e constituídos arguidos quatro homens, suspeitos da autoria do furto e receptação do azeite.
Em comunicado, o Comando Distrital de Beja da PSP revelou que os quatro homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 62 anos, foram identificados na sequência de diligências desenvolvidas pelas equipas de investigação criminal.
“Das buscas realizadas na casa de um dos suspeitos, foi possível apreender parte do [produto do] furto, designadamente garrafões de azeite que tinha guardado para seu consumo”, lê-se no comunicado da PSP, que adianta que o restante produto do furto foi vendido em “diversas localidades do sul de Portugal”.
À agência Lusa, fonte da PSP de Beja detalhou que o azeite terá sido vendido a outras pessoas nas zonas de Portimão e Barreiro, e que, na casa que foi alvo de buscas, foram encontrados três garrafões de três litros.
De acordo com a mesma fonte, os suspeitos residem num bairro da cidade de Beja e têm laços familiares entre si. Dois deles foram identificados e constituídos arguidos por furto e os outros dois por receptação, precisou aquela fonte policial. O processo, juntou ainda, foi enviado para o Ministério Público, mas a PSP continua a investigação para tentar recuperar o restante azeite.
Anteriormente, José Tadeu Freitas, que preside ao BACF de Beja, já havia confirmado que o furto deixou a instituição “sem azeite para entregar às cerca de quatro mil pessoas que são apoiadas todos os meses”.
“Os assaltos são sempre maus, seja com quem for, mas para nós isto ainda é pior, porque é roubar a comida de quem precisa”, afirmou então o responsável. O processo corre agora no Ministério Público. Com Lusa