O Hospital da Luz Setúbal vai duplicar a sua oferta de serviços de saúde, num investimento de cerca de 60 milhões de euros, feito em duas fases, e que se prevê estar concluído em 2028. A aposta do Grupo Luz Saúde com este investimento passa por tornar esta unidade de saúde “mais ampla e acolhedora, reforçando o seu posicionamento de referência na região, através da qualidade dos serviços, das condições oferecidas aos seus doentes, bem como da capacidade de resposta mais abrangente e diferenciada disponibilizada aos seus profissionais”.
Em declarações a O SETUBALENSE, fonte próxima do hospital antevê um Hospital da Luz Setúbal “cada vez melhor preparado” para os desafios da saúde do futuro e “para responder a todas as necessidades de saúde” da população a sul do Tejo, em particular do Distrito de Setúbal.
De acordo com as informações a que o nosso jornal teve acesso, na primeira fase deste projecto, a decorrer ao longo de 2025, está prevista a remodelação e expansão do parque de estacionamento, que ficará com mais 220 lugares relativamente à actual capacidade (no total de 560 lugares) e já incluirá os acessos ao novo edifício do Hospital da Luz Setúbal.
A construção deste novo edifício constitui a segunda fase do projecto, sendo que em 2026 o Hospital da Luz Setúbal avançará, então, para o terreno contíguo ao edifício existente. Com uma área prevista de cerca de 13 mil metros quadrados, o novo edifício do Hospital da Luz Setúbal albergará as áreas de maior complexidade, passando a integrar serviços como o bloco operatório, a unidade de exames especiais, a de cuidados intensivos e intermédios e o internamento, “permitindo o seu crescimento em dimensão e uma melhoria substancial no funcionamento operacional das equipas, tecnologias e serviços de apoio”.
O bloco operatório passará a ter seis salas cirúrgicas, para cirurgias altamente complexas. A unidade de exames especiais terá quatro novas salas, para exames de gastrenterologia, pneumologia e cardiologia. Com este projecto aumenta também a capacidade de camas de cuidados intensivos e intermédios. Já o internamento, dividido por três pisos, cresce para cerca de 130 camas, em 70 quartos, com vista privilegiada para a serra.
Também nesta segunda fase de ampliação, será ainda concluída a interligação entre o actual edifício e o novo, a qual permitirá ainda expandir e aumentar a capacidade de resposta do atendimento urgente, do Centro de Imagiologia e de toda a área de consultas externas de especialidade.
Este projecto do Hospital da Luz Setúbal obedece, como nas outras unidades hospitalares do Grupo Luz Saúde, a critérios de sustentabilidade ambiental. A instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura de ambos os edifícios e no parque de estacionamento permitirá gerar até 50% da energia necessária ao funcionamento de todo o hospital. Todo o projecto de remodelação e expansão do Hospital da Luz Setúbal será em breve submetido para aprovação da Câmara Municipal de Setúbal.
André Martins “Acompanhamos o processo com todo o empenhamento”
O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins sublinha que a autarquia setubalense está a acompanhar “com todo o empenhamento um investimento desta dimensão especialmente num sector onde há tantos problemas em Portugal e em particular na região”.
Em declarações a O SETUBALENSE, o edil sadino considera que, para a cidade de Setúbal, é um passo “muito importante”, uma vez que na região existem “problemas muito complicados”. “Muitas das vezes os utentes, quando se encontram em situações de grande necessidade e urgência não têm nos serviços públicos essa resposta”.
Relativamente à parte da Câmara Municipal, e enquanto presidente, André Martins assegura estar “agradecido” por este investimento. “É uma oportunidade, e também, um sentimento de algum bem-estar para quem vive hoje em Setúbal e para aqueles que estão à procurar condições de habitabilidade na nossa cidade. Hoje as pessoas também se situam, nesta ou naquela região, em função, designadamente, dos serviços de saúde que têm à disposição”.
Quanto à educação e à saúde, o edil acrescenta que “são duas áreas de referência cujas capacidades devem estar garantidas para as pessoas que procuram instalar-se em novos territórios”.