Projecto-piloto iniciado na Quinta da Fonte da Prata vai agora ser alargado às zonas de Vila Verde, Vila Rosa e Bairro Gouveia
A adesão de população, empresas e instituições ao projecto de separação de resíduos orgânicos e biológicos permitiu ao município da Moita recolher no último ano 1 404 toneladas de biorresíduos. O balanço foi divulgado pela Câmara Municipal, que se prepara para alargar no decorrer deste ano o projecto de recolha selectiva a mais zonas do concelho.
“Só no ano de 2024, foram recolhidas selectivamente e desviadas do aterro 779 toneladas de biorresíduos e mais 625 toneladas de resíduos de jardinagem, que assim puderam ganhar uma nova vida, transformando-se em composto orgânico”, anunciou a autarquia.
De acordo com a edilidade, em 2024, aderiram ao sistema de recolha selectiva “2 214 habitações do concelho, num total de 6 642 habitantes, e ainda 136 restaurantes, cantinas escolares e outras instituições”.
A recolha selectiva de biorresíduos em contentores colectivos de acesso condicionado foi “implementada num projecto-piloto na Urbanização da Quinta da Fonte da Prata”, lembra o município, que afirma que este ano o sistema será alargado às zonas de “Vila Verde, Vila Rosa e Bairro Gouveia”.
Nas zonas urbanas de maior densidade populacional, a autarquia vai optar por “implementar faseadamente o sistema de recolha de proximidade, ou seja, em contentores colectivos instalados nos pontos habituais de recolha”. Este sistema, explica o município, irá funcionar “com a entrega a cada morador de um recipiente de 7 litros para a recolha preliminar dos biorresíduos nas suas habitações e uma chave digital para aceder ao contentor colectivo”.
No mesmo balanço, a autarquia salienta que iniciou também a “recolha porta-a-porta em estabelecimentos de restauração e lares do concelho”, medida que prevê que “chegue gradualmente a todo o concelho com um aumento dos circuitos de recolha porta-a-porta em cantinas escolares e zonas periurbanas”.
A edilidade realça ainda as vantagens da implementação da recolha selectiva de biorresíduos, a que os municípios estão obrigados. Por um lado, constitui-se como “modelo mais sustentável para o Ambiente”, já que “permite a transformação de resíduos em fertilizante orgânico para a agricultura, evitando o seu desperdício e acumulação nos aterros”. E, por outro, poderá ter impacto positivo no bolso dos contribuintes. “O impacto económico e ambiental da gestão de resíduos será também menor, prevendo-se que a médio prazo a diminuição de custos possa reflectir-se na factura dos munícipes que cumprem as boas práticas em matéria de valorização de resíduos urbanos”, faz notar a autarquia, a finalizar.