Um ano de ensino nocturno já dá frutos em Poceirão

Um ano de ensino nocturno já dá frutos em Poceirão

Um ano de ensino nocturno já dá frutos em Poceirão

Implementação de cursos EFA permitiram a conclusão do 12.º ano a meia-dúzia e uma entrada no ensino superior

Seis concluíram o 12.º ano de escolaridade e, de entre estes, uma aluna conseguiu entrar no ensino superior. Esta é apenas uma parte, mas significativa, do saldo do ensino nocturno para adultos implementado em 2024 na escola-sede do Agrupamento de Escolas José Saramago, em Poceirão.

- PUB -

Mas o número de formados no ensino secundário deverá aumentar este ano, já que o arranque da nova resposta contemplou não só o curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) do tipo C – que permite concluir a formação a quem tem o 12.º ano incompleto – como também cursos de EFA que possibilitam a conclusão dos 10.º, 11.º e 12.º em apenas dois anos (tipos A e B) do nível secundário, a juntar ainda ao curso EFA de nível básico (para conclusão do 9.º ano, para quem tenha formação incompleta do 6.º ao 8.º ano).

“Tivemos cerca de 40 alunos em três turmas de EFA, à volta de dez estavam no tipo C, em condições de terminar, dos quais seis concluíram o 12.º ano. E, desses seis, uma aluna entrou para o ensino superior. Outros vão terminar o 12.º ano em 2025. E temos ainda todos os outros que estão a concluir o 9.º ano”, resume Faisal Aboobakar, director do Agrupamento de Escolas José Saramago, ao fazer um balanço “bastante positivo” a este primeiro ano de ensino nocturno para adultos naquela freguesia rural do concelho de Palmela.

O responsável destaca ainda a introdução do Português de Língua de Acolhimento no ensino nocturno, direccionado para a população migrante. “Começámos com duas turmas e acabámos por abrir uma terceira, em que cada turma tinha cerca de 20 alunos. Chegámos a ter à volta de 60 alunos inscritos, com estudantes fundamentalmente de países asiáticos. Destes, cerca de 50 concluíram a sua certificação”, salienta, antes de explicar a opção pela inclusão desta resposta: “Percebemos que havia aqui uma grande procura da certificação do Português de Língua de Acolhimento, condição essencial também para a renovação dos atestados de residência e para o pedido de nacionalidade [portuguesa].”

- PUB -

Contas feitas, um ano depois, o resultado “excedeu as expectativas”. “Não existia ensino nocturno no concelho de Palmela desde que o mesmo terminou em Pinhal Novo há uns anos. Ao mesmo tempo implementámos o ensino secundário de científico-humanísticos. Foi muito positivo. Foi uma boa opção que tomámos”, considera, para reforçar de seguida a capacidade de resposta do Agrupamento José Saramago. “O agrupamento está neste momento a prestar um serviço à comunidade 360, isto é: temos ensino desde o pré-escolar ao secundário e até ensino nocturno, o que quer dizer que estamos a oferecer formação não só aos filhos como também aos pais, no sentido de podermos elevar o nível de certificação de toda a freguesia, que é o papel, a missão, da nossa escola”, sublinha.

“Este ano continuamos com as mesmas turmas do ano passado e com muita procura no âmbito do Português de Língua de Acolhimento. No âmbito dos portugueses dos EFA, continuamos a ter procura, em menor número em relação ao primeiro ano, mas creio que temos condições para continuarmos com esta oferta durante mais alguns anos, porque temos aqui uma grande taxa de população que não completou o secundário”, adianta Faisal Aboobakar, a finalizar.

Formado desde 2010, o Agrupamento de Escolas José Saramago conta actualmente com cinco estabelecimentos de ensino.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -