PSD ameaça chumbar Orçamento da Câmara de Almada para 2025

PSD ameaça chumbar Orçamento da Câmara de Almada para 2025

PSD ameaça chumbar Orçamento da Câmara de Almada para 2025

Paulo Sabino, presidente do PSD Almada

“Estivemos sete anos a fazer cedências ao PS. Foi em nome da estabilidade, mas de nada vale se não pudermos trabalhar pelas pessoas”, diz Paulo Sabino

O PSD admitiu hoje, sexta-feira, chumbar o Orçamento da Câmara de Almada para 2025 por alegada “falta de reciprocidade na gestão” do município, após sete anos de coligação com a maioria PS liderada por Inês de Medeiros. 

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“Estivemos sete anos a fazer cedências ao PS. Foi em nome da estabilidade, mas de nada vale se não pudermos trabalhar pelas pessoas. Infelizmente, voltámos a ter um orçamento que não nos deixa trabalhar como Almada merece”, afirma o presidente do PSD de Almada, Paulo Sabino, citado em comunicado.

O voto do PSD tem sido fundamental para a aprovação dos orçamentos da maioria PS que governa a Câmara de Almada desde 2017, pelo que o voto contra dos eleitos social-democratas poderá inviabilizar a aprovação do documento.

No comunicado enviado à agência Lusa, em que anuncia o voto contra do PSD na votação do orçamento para 2025, na sessão da Assembleia Municipal prevista para hoje às 21h00, em continuação da reunião iniciada na quinta-feira, Paulo Sabino acusa a maioria PS de “ignorar ou atrasar” as propostas dos sociais-democratas.

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Pedro Sabino dá como exemplo as propostas do PSD de “redução da taxa de IMI {Imposto Municipal sobre Imóveis] para 0,30%, habitação para jovens, requalificação dos mercados municipais e uso de tecnologia avançada na limpeza urbana”.

O dirigente social-democrata critica também o “excesso de impostos e taxas” no concelho, considerando que, “apesar das elevadas receitas vindas do IMI e IRS, o executivo falha em apresentar resultados concretos para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.

O PSD de Almada diz ainda que o executivo de Inês de Medeiros tem uma “despesa com trabalhadores bem superior à média nacional (38% do orçamento)”, e que a sustentabilidade financeira e a eficiência dos serviços estão comprometidas, pelo que o município poderá “entrar em défice daqui a três anos”.

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Quanto aos riscos do eventual chumbo do orçamento para 2025 na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Paulo Sabino alega que, em termos legais, as “receitas consignadas permitem o aumento global da despesa sem necessidade de revisão orçamental, se as rubricas já existirem no orçamento anterior”.

“Se estamos no fim do prazo da execução do PRR e a presidente ainda não sabe os investimentos que vai fazer, tem de assumir a falha e apresentar novo orçamento”, afirma o autarca.

Na Assembleia Municipal de Almada o PS tem 16 eleitos, incluindo os presidentes das juntas da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, União das Freguesias de Caparica e Trafaria e União das Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda.

A CDU tem 11 eleitos, incluindo o presidente da União das Freguesias de Laranjeiro e Feijó, o PSD três, o BE três, o Chega dois, o PAN um e o CDS-PP também um. Integra ainda a Assembleia Municipal de Almada, como independente, o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica.

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