SMS celebram dois anos após reactivação com foco em garantir acesso da água para todos

SMS celebram dois anos após reactivação com foco em garantir acesso da água para todos

SMS celebram dois anos após reactivação com foco em garantir acesso da água para todos

Carlos Rabaçal, presidente do conselho de administração, não tem dúvidas que gestão pública é solução mais justa e equilibrada 

Os Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) celebram esta quarta-feira dois anos desde a sua reactivação, embora a sua origem date ao ano de 1928, fazendo com que tenham 96 anos de idade. Para Carlos Rabaçal não há dúvidas relativamente à importância que a gestão pública da água tem, entendendo que só desta forma é possível garantir o acesso da água a todos, e realçando que a reactivação dos SMS permitiu baixar em 20% o preço da água.

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No entender do presidente do conselho de administração da empresa, estes 96 anos de existência são a demonstração da “importância” que a gestão pública da água teve e tem para o município de Setúbal, como forma de garantir o bem-estar dos setubalenses. 

“Existe todo um património ligado à água que temos de evidenciar, porque faz parte da história e do desenvolvimento social e económico da região, o que nos confere mais responsabilidade na preservação deste recurso”, afirma o líder dos SMS.

O também vereador da Câmara Municipal de Setúbal lembra, num comunicado enviado à redacção d’O SETUBALENSE, que boa parte das infraestruturas existentes remontam à gestão pública, referindo que mesmo a interrupção de 25 anos, sob a gestão privada, veio “comprovar que a gestão pública é a solução mais equilibrada e justa para todos”. 

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O autarca aponta ainda um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em Setembro, que especifica que os ecossistemas aquáticos e a água que deles extraímos “devem ser considerados e geridos no domínio público, como bens comuns, acessíveis a todos”. Neste documento, é explícito que a água tem de ser gerida “na óptica do bem comum e não como uma mercadoria ou um simples bem de consumo”, resume o documento.

No entender de Carlos Rabaçal, “isto não é novo, mas apela à necessidade de inverter a tendência de privatizar ou concessionar a privados a gestão da água [para consumo humano] e do saneamento, que têm como objetivo de gestão o lucro. Só a gestão pública pode garantir o acesso da água a todos, assente numa gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos”. 

Na mesma nota, o vereador recorda que a reactivação dos SMS permitiu, “de imediato, baixar 20% no preço da água, atribuir uma tarifa social a mais de 9000 famílias e realizar investimento superior ao que a empresa privada tinha concretizado nos últimos anos”. Nesse sentido, o autarca explica que isto só é possível porque existiu um reinvestimento de toda a receita. “E essa tem de ser também a solução para o sector dos resíduos, até porque a carência de investimento é gigantesca. É este o caminho que os municípios e a tutela têm de fazer relativamente à Amarsul, que tem de regressar à esfera pública para garantir a solução mais justa e equilibrada no sector dos resíduos”, aponta ainda o responsável dos SMS.

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