UNISETI cria horta urbana com função pedagógica e de ajuda aos mais necessitados

UNISETI cria horta urbana com função pedagógica e de ajuda aos mais necessitados

UNISETI cria horta urbana com função pedagógica e de ajuda aos mais necessitados

Instituição venceu prémio ambiental de 10 mil euros, que irá “alimentar impacto inicial a nível financeiro”

A UNISETI – Universidade Setubalense da Terceira Idade foi a vencedora da terceira edição do prémio CCEP Avançamos Setúbal e ainda antes de saber da distinção, a instituição já tinha avançado com o projecto, sendo que com o prémio obtido será “um grande alívio” na criação de uma horta urbana, que terá um papel pedagógico e de ajuda aos mais necessitados.

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O prémio dos 10 mil euros deste concurso anual da Coca-Cola Europacif Partners Portugal (CCEP) e do jornal O SETUBALENSE, que é promovido com o apoio da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), ajudará a ultrapassar “alguns problemas iniciais” desta iniciativa da UNISETI.

A associação vencedora apresentou um projecto que tem como principal objectivo a sustentabilidade, vector de formação e investigação prioritária da universidade sénior. Na implementação prática deste projecto está a articulação entre estes dois objectivos que visam concretizar um dos princípios do desenvolvimento sustentável dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: a pobreza e a fome.

A UNISETI pretende prosseguir as campanhas sociais solidárias a favor dos cidadãos mais pobres e sem-abrigo e criar uma horta urbana, no espaço reservado do Jardim do Bonfim afecto à UNISETI por cedência da Câmara Municipal de Setúbal. Na candidatura a associação explica que o produto da venda dos alimentos “ecológicos, frescos e orgânicos” será destinado a “mitigar a fome dos cidadãos mais desfavorecidos” da cidade.

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Trabalho já começou mas ainda há muito pela frente

Sobre esta horta urbana, Arlindo Mota, presidente da UNISETI, explicou que a parte inicial do projecto já está concluída, mas que ainda há muito trabalho pela frente. A primeira coisa a fazer passa pela colocação de terra fértil no local, visto que o terreno no Jardim do Bonfim não é propicio para aquele tipo de agricultura, seguindo-se a colocação de uma cerca à volta do local.

Arlindo Mota explica que a manutenção do espaço será um “trabalho permanente” e contará com a colaboração de dois coordenadores, que são alunos da universidade, tendo eles já experiência nesta área, uma vez que também exploram outras quintas pedagógicas em Palmela.

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Será a UNISETI a pagar todo o material necessário, desde as ferramentas às espécies que lá vão ser colocadas, contando com a ajuda do prémio que agora lhes foi atribuído, que irá “alimentar o impacto inicial a nível financeiro”. Será também necessário colocar um apoio para colocar por cima da horta, assim como outras infra-estruturas.

Arlindo Mota explica também que este espaço, ao ser uma horta pedagógica, permitirá que as escolas perto do Jardim do Bonfim possam visitar o espaço, com os coordenadores, que “têm muito jeito para explicar”, poderão dar “uma espécie de aula sobre jardinagem”.

Na fundamentação da candidatura, a UNISETI destaca que a nível económico, as Hortas Urbanas promovem “economia sustentável e mitigam a escassez, estimulando o comércio justo”, enquanto para a sociedade estas “fortalecem vínculos comunitários” e “promovem a inclusão social através do compartilhamento de alimentos e conhecimento”. A associação realça ainda que estas hortas ajudam a “reduzir o impacto ambiental”, através do “uso de técnicas sustentáveis de cultivo e da preservação da biodiversidade urbana”.

A UNISETI defende que os ODS são “fundamentais” para garantir um “futuro sustentável, equitativo e próspero” para as pessoas e o planeta. “A acção comunitária de angariação de bens, alimentos e dinheiro para os sem abrigo da cidade procura alinhar-se dos princípios do desenvolvimento sustentável da ONU”, destaca.

Nesse sentido, por meio dessa iniciativa, é pretendido pela associação contribuir para “a redução da pobreza e da fome”, assim como promover “acções solidárias em prol daqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social”.

Júri destaca “impacto da iniciativa na comunidade”

Esta terceira edição do prémio CCEP Avançamos Setúbal contou com a participação de cinco organizações que desenvolvem actividades no distrito, sendo que o júri – composto por representantes da CCEP, O SETUBALENSE e AMRS – fez uma especial menção ao contributo das propostas apresentadas a concurso, o que “valoriza a participação e atribuição” desta distinção. 

Quanto ao projecto vencedor, o júri destaca o “impacto da iniciativa na comunidade e no meio-ambiente, a sua abrangência de destinatários, inovação e exequibilidade”. O cheque de 10 mil euros será entregue à associação vencedora em data a anunciar em breve.

A UNISETI é uma cooperativa de ensino sem fins lucrativos, que iniciou a sua actividade em 3 de Novembro de 2003. Tem como objecto social desenvolver actividades educativas, culturais, formativas, junto das pessoas da Terceira Idade e como missão contribuir para o “envelhecimento activo e harmonioso da pessoa humana através da formação ecológica, cultural, tecnocientífica e sócio afectiva dos cidadãos”.

O prémio CCEP Avançamos Setúbal tem como objectivo apoiar projectos com impacto relevante no distrito de Setúbal, em linha com os ODS das Nações Unidas, relacionados com água potável e saneamento, energias renováveis e acessíveis, acção climática, protecção da vida marinha ou da vida terrestre.

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