Presidente da Câmara de Alcochete quer medidas “cirúrgicas” com objectivo de minimizar “impacto negativo” que se reflecte na população
A Câmara Municipal de Alcochete deixou o desafio ao Governo para apresentar e implementar as medidas necessárias para resolver os “múltiplos problemas” que afectam a saúde dos portugueses. O líder da autarquia alcochetana, Fernando Pinto, indicou em reunião pública que estas medidas não podem ser “paliativas, mas sim cirúrgicas” com o objectivo de minimizar o “impacto negativo” que se reflecte na população.
“Existe a preocupação sobre o que temos vindo a acompanhar no âmbito da saúde pública. Depois das críticas ao anterior governo, feitas pelo actual elenco governamental, era expectável que este Governo, de aliança PSD/CDS, assumisse um conjunto de medidas de resolução, tal como tinha prometido Luís Montenegro, para resolver esta matéria”.
O autarca reforçou que “efectivamente, até hoje isso não aconteceu”, deixando dessa forma o desafio ao Governo para “apresentar e sobretudo a implementar” as “medidas necessárias à resolução dos múltiplos problemas” que afectam em termos de Saúde os portugueses. “Estas medidas não podem ser paliativas, mas sim medidas cirúrgicas que minimizem o impacto negativo que nos dias de hoje se reflectem nas pessoas”, referiu.
Nesta intervenção, que fez no período antes da ordem do dia, o edil alcochetano aproveitou o tema para “felicitar e congratular” o trabalho desenvolvido por Teresa Carneiro, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, assim como o “empenho e dedicação” de todos os agentes de saúde da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alcochete, que “estão com muito esforço a construir um trabalho muito duro e que serve sobretudo as pessoas do concelho”.
Fernando Pinto revelou também que esta USF em Alcochete está a ser reforçada, estando para breve também um novo concurso para a admissão de mais médicos. “O processo de vacinação está a decorrer em bom ritmo e esta unidade conseguiu reduzir substancialmente o número de utentes que se encontram sem médico de família”.
O autarca confessou ter “consciência dos problemas existentes”, nomeadamente no Centro de Saúde do Samouco, explicando que espera ver este problema “muito brevemente resolvido” com a integração de mais médicos que, entretanto, estão a chegar a Alcochete.
Assegurou ainda que a autarquia de Alcochete irá continuar, sobre este tema, “atenta e reivindicativa sempre que necessário” e promovendo aquilo que entende ser os “supremos interesses de Alcochete e da sua população”.