O Governo da AD anda a despejar  dinheiro sobre os problemas

O Governo da AD anda a despejar  dinheiro sobre os problemas

O Governo da AD anda a despejar  dinheiro sobre os problemas

3 Dezembro 2024, Terça-feira
Eurídice Pereira

O Governo da AD anda há 8 meses a despejar dinheiro sobre os problemas, sem qualidade nem capacidade para se afoitar no alto mar.

Julgo indesmentível que se descortina à vista desarmada que o Governo joga com o justo clamor por melhores condições de vida. Pelo poder, e só pelo poder,  limita-se a satisfazer reivindicações no plano financeiro na expetativa de que, desta forma, gera condições que lhe garantam reforço da base de apoio eleitoral. Pura ilusão como testemunham os estudos de opinião que vão sendo conhecidos e onde a AD, apesar da boa herança socialista nas contas públicas que lhe tem servido de almofada, não descola.

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Não está em causa a pretensão daqueles que justamente querem maior reconhecimento dos seus rendimentos,  em causa está o quadro mais geral impor  a conceção de uma estratégia que teima em não surgir. Só que os portugueses sabem disso e não se deixam comprar.

Aliás, para distribuir é necessário criar riqueza, facto que está longe, já se viu, da ação deste Governo, ao contrário da posição do líder do PS, Pedro Nuno Santos, que insiste, amiúde e bem, da importância de se estabelecer planejamento no domínio da economia, para a tornar mais pujante e competitiva.

Não existem quaisquer respostas para os problemas reais que o país tem e deve enfrentar, com estratégias que envolvam soluções  à medida dos nossos recursos.

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Oito meses de governação já deram perfeitamente para tirar a pinta. É um Governo genericamente impreparado. A Administração Interna e a Saúde têm sido os exemplos maiores, mas não são casos únicos.

As descuidadas e risíveis intervenções da Ministra da Administração Interna, exemplo da desgovernação numa área  tão importante  por si e mesmo  pela sensibilidade da apreensão política que os cidadãos têm, estão no patamar do inaceitável.

Relativamente à saúde, o que publicamente e de forma diariamente relatada fez manchetes na comunicação social fala por si.

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Já lá vão os sessenta dias anunciados pelo Governo para que os problemas detetados no SNS tivessem início de resolução. E relativamente ao INE passaram já duas semanas sobre a promessa de apresentação de um plano emergente  após a vergonha a que assistimos.

O que se tem visto são trapalhadas atrás de trapalhadas, com demissões inaceitáveis, diretas ou forçadas , em instituições fundamentais no SNS,  a suscitar perplexidade  com as recentes mortes de onze concidadãos que só por si imporiam  a consciência mínima da responsabilidade objetiva do Estado com consequências políticas.

Sabe-se pelo argumentário do Governo que tudo se deve ao Governo anterior. Balelas. O Governo anterior deixou  contas públicas saudáveis que têm servido  para o Governo da AD tentar iludir a sua incapacidade enquanto despeja dinheiro sobre os problemas sem que se saiba como os vai resolver.

Por agora valeu  à AD  as anteriores duas legislaturas terem sido interrompidas sequencialmente e a atual ter resultado de eleição com oito meses. O passar do tempo vai-se encarregar de pôr termo não só a este facto mas também expor, ainda mais, a fragilidade deste elenco governativo.

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