“Basta de Destruição, Ecologia em Acção!” é o tema do encontro que se vai debruçar, entre outros temas, sobre as guerras e as alterações climáticas
O Cinema Charlot – Auditório Municipal recebe este fim-de-semana a XVI Convenção do Partido Ecologista Os Verdes (PEV). Sob o mote “Basta de Destruição, Ecologia em Acção!”, os dias de sábado e domingo vão ser não só de reflexão interna, como de análise à política nacional e internacional.
Para Heloísa Apolónia, antiga deputada à Assembleia da República, este vai ser um “momento muito relevante da ecologia política em Portugal”. “É o espaço onde vamos, com a nossa genética ecologista, fazer uma análise da situação em que estamos hoje, no Mundo, em Portugal concretamente, e vamos apontar as nossas soluções”, explica em declarações a O SETUBALENSE.
Com olhos postos nos conflitos armados que decorrem entre Ucrânia e Rússia, bem como a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o território da Palestina, o partido vai procurar dar “soluções que passam pelo envolvimento de toda a comunidade internacional para a finalização destes conflitos” sempre com a marca “pacifista” que, a também candidata às últimas eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Setúbal da CDU, destaca ser marca do partido que nestas votações perdeu a representação na Casa da Democracia.
André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal e edil do PEV nas autarquias da região, também deverá estar presente num fim- -de-semana em que se espera uma sala cheia para também se falar sobre alterações climáticas.
“Nós temos soluções concretas para a minimização e mitigação das alterações climáticas, para a redução dos gases com efeito de estufa, mas também para um processo de adaptação que, necessariamente, tem de ocorrer dos mais diversos países – e em Portugal em concreto -, e não está a acontecer”.
Ainda em matéria nacional há temas sobre a “floresta, por causa dos fogos florestais que deflagram anualmente, com proporções bastante preocupantes, e, designadamente a necessidade de ‘deseucaliptizar’ este país”.
No ano em que se comemora o cinquentenário da Revolução dos Cravos as preocupações d’Os Verdes passam também pelas “desigualdades” que, consideram, têm vindo a agudizar-se.