Quando a violência atinge o campo e a produção agrícola

Quando a violência atinge o campo e a produção agrícola

Quando a violência atinge o campo e a produção agrícola

7 Novembro 2024, Quinta-feira
Deputada PSD

O RASI (Relatório Anual de Segurança Interna) de 2023, revelou de forma preocupante o aumento de diversos tipos de criminalidade no distrito de Setúbal. Muito embora o nosso distrito tenha treze concelhos, existe nitidamente um perfil distinto nalguns tipos de crime, como seja o crime que ocorre no assalto à propriedade rural. Refiro-me ao flagelo do roubo na árvore ou na pilha de cortiça, uma das nossas produções mais significativas, e cuja qualidade nos distingue internacionalmente.
A degradação dos meios de vigilância e de combate das forças de segurança no País e no distrito de Setúbal tem custado caro aos produtores e proprietários agrícolas e florestais, quer pelo roubo na pilha, como pelo arranque da cortiça do próprio sobreiro (muitas vezes, danificando a árvore de forma irreversível).
Durante anos, as forças de segurança não têm conseguido vigiar eficazmente a parte rural do nosso distrito, fazendo com que muitos proprietários sejam surpreendidos com o aumento de sobreiros danificados ou que, em ano de tirada de cortiça, tenham de montar verdadeiros acampamentos de vigilância junto às suas pilhas, com receio de perderem aquele investimento, já que o proprietário paga bastante para que a cortiça seja tirada do seu montado, recuperando essa verba por vezes, muitas semanas depois, de a ter adiantado.
Mas, como poderia o RASI 2023 apresentar uma redução da criminalidade, se as forças de segurança têm sido sistematicamente despojadas dos seus meios de combate, aumentando o desinvestimento nos seus efetivos e contribuindo para o aumento da sua desmotivação?
Como se pode esperar a redução da criminalidade se, durante anos de governação socialista, foi reinando um ambiente de impunidade sobre o crime e de desvalorização do mesmo que culminou nos resultados que este relatório nos apresenta?
Muito há que investir em meios de combate, infraestruturas, na motivação e valorização dos efetivos das forças de segurança. Não é em sete meses que se consegue resolver meses e meses de desinvestimento. Mas deve começar-se precisamente por dar mais e melhores condições de segurança a quem todos os dias enfrenta o crime por cada um de nós. Foi dado um importante passo pelo Governo ao considerar a agressão às forças de segurança, crime público. Outro sinal, foi o aumento salarial das forças de segurança assim como o anunciado aumento de suplemento de risco.
Durante anos, o mundo rural foi deixado à sua sorte e com muito sacrifício as forças de segurança têm garantido, dentro dos parcos meios que têm, algum patrulhamento. Mas é necessário mais e contamos com o Governo para que haja mais.
Trabalhar para que esquadras e postos tenham infraestruturas condignas. Trabalhar para que a sociedade esteja mais segura, sem esquecer nunca a importância do mundo rural.
Trabalhar para conseguir ultrapassar a pesada herança socialista e dignificar as nossas forças de segurança, que bem o merecem. É o que nos motiva.

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