Obras de médicos setubalenses reflectem sobre presente e passado da Saúde na região

Obras de médicos setubalenses reflectem sobre presente e passado da Saúde na região

Obras de médicos setubalenses reflectem sobre presente e passado da Saúde na região

Rogério Palma-Rodrigues escreve sobre o Sanatório do Outão, já José Poças faz uma linha temporal sobre a história da profissão

O Fórum Municipal Luísa Todi recebeu este domingo o lançamento de dois livros assinados por dois médicos da cidade de Setúbal.

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“O Sanatório e a Tuberculose”, do médico ortopedista Rogério Palma-Rodrigues contou com o médico Paulo Ferrinho, docente do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa, para a apresentação da obra para um público que compôs a sala em peso.

Um livro com 732 páginas que fala sobre o Sanatório do Outão e como este foi um marco da história da Medicina no nosso País pois “fornecia ao tuberculoso salutares condições de existência, bons ares, alimentação, higiene e repouso, muitas vezes suficientes para que o corpo do doente se transformasse num terreno resistente e impróprio à germinação dessa semente daninha, o bacilo de Koch”, como explica a sinopse.

Numa passagem entre os anos de 1900 e 1950 dá-se a conhecer a “a monumentalidade desta infra-estrutura, as práticas das diligências médicas, o seu corpo clínico, os processos clínicos, assim como as restantes vivências e relatos que nos remetem para uma época feroz na luta contra a peste branca”.

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Já o “Sistema de Saúde: Ascensão, Apogeu e Queda”, da autoria do também médico José Poças teve como apresentadores o médico internista José Barata e o economista Pedro Pita Barros, docente da Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa.

Este último mostra-se como uma “reflexão sobre aquilo que é a evolução dos cuidados de saúde na perspectiva do autor, e para a qual eu fui chamando à atenção ao longo de 30 anos”, segundo o próprio profissional de saúde relatou a O SETUBALENSE.

“O facto de a saúde ser considerada para as pessoas uma das áreas ou área mais importante da sua vida, e o facto de a situação estar no estado em que está em que as pessoas sabem qual é a dimensão e o impacto da crise no sistema de saúde, isso é que dá importância ao tema”.

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O infecciologista conta com uma carreira de mais de 30 anos e, por isso, o livro é uma colectânea de coisas que foi “escrevendo ao longo do tempo”. “É quase como um balanço da minha vida profissional”.

O antigo director do Serviço de Infecciologia do Hospital de Setúbal refere que a pandemia não é o foco do seu novo lançamento, tendo em conta que tem uma obra datada de 2021 com o título “Reflexões em Tempos de Pandemia – Histórias de Vida, de Prazer, de Sofrimento e de Morte”, mas faz uma passagem sobre como o momento histórico mudou a saúde.

“O livro está organizado por temas e por uma ordem cronológica. Inclusivamente há coisas que eu afirmo há trinta anos e que agora já não estou propriamente a defender a mesma posição, porque a realidade se alterou, e a perspectiva do realidade se alterou”, complementa ainda.

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