Discussão pública do PDM de Grândola com 81 contributos que vão ser avaliados

Discussão pública do PDM de Grândola com 81 contributos que vão ser avaliados

Discussão pública do PDM de Grândola com 81 contributos que vão ser avaliados

Presidente da câmara, António Figueira Mendes, disse que “o desenvolvimento do concelho é uma construção colectiva”

A discussão pública da proposta de alteração do Plano Director Municipal (PDM) de Grândola recebeu 81 participações, revelou esta terça-feira a câmara, que vai avaliar os contributos da população na versão final do documento.

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Em comunicado, o Município de Grândola, de maioria comunista, indicou que, durante o período de discussão pública, que terminou no dia 14 deste mês, registou-se “uma expressiva participação da população”, com “81 requerimentos e sugestões” recebidos.

“Esta elevada adesão demonstra o envolvimento activo da comunidade no desenvolvimento sustentável e equilibrado” deste concelho do Litoral Alentejano, sublinhou.

Concluído o período de participação pública, a autarquia explicou que “está agora a avaliar todas as contribuições apresentadas – incluindo observações, sugestões e reclamações – com o intuito de integrar, sempre que possível, as propostas dos munícipes na versão final do PDM”.

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O documento “será depois apreciado e votado em Assembleia Municipal”, em data não especificada pelo município.

Citado no comunicado, o presidente da câmara, António Figueira Mendes, disse que “o desenvolvimento do concelho é uma construção colectiva”.

E, nesse sentido, acrescentou, “as contribuições recebidas serão um importante alicerce para a proposta final, garantindo que Grândola continue a ser um local onde é bom viver, trabalhar e visitar”.

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“A câmara está comprometida em garantir que o concelho cresça de forma ordenada, preservando o património natural e cultural, e assegurando uma qualidade de vida elevada para os seus munícipes”, frisou o autarca.

A proposta de alteração do PDM de Grândola “propõe um modelo de desenvolvimento que pretende limitar novos empreendimentos turísticos na faixa litoral, promovendo ao mesmo tempo o crescimento do concelho para o interior”, lê-se no comunicado.

Segundo o município, o novo PDM “prevê a redução imediata de cerca de 3.500 camas turísticas, podendo esse número chegar às 7.100 (entre as projectadas e as programadas por executar)”.

“A proposta de alteração ao PDM surge no contexto dos desafios que Grândola tem enfrentado nos últimos anos, particularmente no sector turístico e habitacional”, argumentou.

O crescimento do turismo, segundo a autarquia, “tem gerado pressões” que é preciso “mitigar”, nomeadamente através “da redução do número de camas turísticas e da promoção de habitação acessível”.

Em Abril de 2022, a Assembleia Municipal de Grândola aprovou a suspensão parcial do PDM nas freguesias de Carvalhal e de Melides e na União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra e a adopção de “medidas preventivas” para impedir a especulação imobiliária.

Estas medidas interditavam “a instalação de todos os tipos de novos empreendimentos turísticos isolados (ETI) e de núcleos de desenvolvimento turístico (NDT), bem como quaisquer operações urbanísticas relativas a empreendimentos turísticos com aumento da capacidade autorizada”.

A proposta de alteração do PDM, durante a discussão pública, suscitou críticas da parte do PS e de organizações de defesa do ambiente e ligadas ao ordenamento do território, que alegaram que o documento vai agravar a pressão turística local, por ‘abrir portas’ ao aumento do número de camas turísticas.

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