Centro Escolar du Bocage em construção para estar pronto no próximo ano lectivo

Centro Escolar du Bocage em construção para estar pronto no próximo ano lectivo

Centro Escolar du Bocage em construção para estar pronto no próximo ano lectivo

Obra de 5,3 milhões vai erguer escola do 1.º ciclo e jardim de infância. A escola do 2.º e 3.º ciclos, ao lado, fica a aguardar que o Governo desbloquei os 80 milhões necessários para as escolas prioritárias

O presidente da câmara, André Martins, entre o presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e do director do Agrupamento Escolar Barbosa du Bocage, António Caetano

A construção do Centro Escolar Barbosa du Bocage, o maior investimento numa escola em Setúbal dos últimos anos, começou esta terça-feira, com a colocação da primeira-pedra no terreno ao lado da actual Escola Básica do 2.º e 3.º ciclo, com o mesmo nome.

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 O novo Centro Escolar Barbosa du Bocage é uma obra de raiz, financiada, em parte, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que vai ter, para já, uma nova Escola Básica do 1.º ciclo e um jardim de infância, num total de 11 salas, oito para aulas e três para outras actividades, um pavilhão polivalente, uma portaria e algumas áreas cobertas.

A empreitada, que arrancou agora, e que vai custar 5,3 milhões de euros, está a cargo da Alberto Couto Alves S.A., e deve ficar concluída a tempo do início do próximo ano lectivo, uma vez que o prazo de execução é de 330 dias.

O centro escolar de nova geração vai integrar, também, a actual EB do 2.º e 3.º ciclo, que aguarda reabilitação e que é uma das quatro escolas de Setúbal que integram a lista de escolas de intervenção imediata acordada entre o Estado e os municípios no quadro das transferências de competências na área da Educação.

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As quatro escolas de Setúbal consideradas de intervenção prioritária são a EB 2/3 Barbosa du Bocage, a EB 2/3 de Azeitão, que também terá de ser construída de raiz, a Escola Secundária do Bocage (antigo liceu) e a EB 2/3 da Aranguez, que precisam de ser reabilitadas e ampliadas.

No total, de acordo com o presidente da autarquia, o investimento para a renovar estas quatro escolas, que o Estado reconhece como prioritárias, é de 80 milhões de euros. “É muito importante que estes investimentos sejam desbloqueados pelo Governo, porque os procedimentos demoram cerca de um ano e as obras mais uns dois anos, o que significa que, se não houver decisões rápidas, os alunos, professores e funcionários ainda vão ter que passar mais quatro ou cinco anos em escolas sem as mínimas condições”, disse o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.

Além destas quatro escolas, o Município de Setúbal reivindica também a construção da Escola Secundária de Azeitão. O autarca sadino, em conjunto com o seu homologo de Sesimbra, Francisco de Jesus, pediu recentemente uma reunião ao ministro da Educação para “resolver o problema” da falta de uma escola secundária em Azeitão.

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“É tempo de resolver este problema para que as crianças de Azeitão não tenham de continuar a ser distribuídos por escolas distantes, em Setúbal e Sesimbra”, afirmou André Martins.

Sobre a construção do novo centro escolar, o presidente da Junta da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, disse tratar-se de uma obra “importante” e destacou a ligação à comunidade envolvente. “Depois encontraremos forma de este equipamento ser utilizado também pela comunidade”, assegurou o autarca da CDU.

No lançamento da primeira pedra estiveram também vários outros eleitos locais, nomeadamente os vereadores Carla Guerreiro, Pedro Pina e Rita Carvalho, da CDU, e os vereadores do PS Fernando José e Joel Marques e o presidente da Assembleia da União de Freguesias de Setúbal, Fernando Paulino.

Aumento do número de alunos agrava dificuldades das escolas

O aumento da população escolar está a aumentar as dificuldades das escolas do 1.º ciclo, sobretudo das zonas mais urbanas, manterem os regimes completos de aulas (aulas todo o dia).

Segundo o director do Agrupamento Escolar Barbosa do Bocage, em Setúbal, o número de alunos matriculados no estabelecimento, nos últimos anos, tem crescido a uma taxa de 8%. “Há quatro anos tinha 17 crianças a aprender Português Língua Materna, hoje tenho mais de 150, o que significa que a pressão aumenta significativamente”, diz António Caetano.

Para esta escola, agora em construção, estão previstas oito salas de aulas, que dariam para acolher as crianças de uma outra escola, das amoreiras, e assegurar o regime completo das duas escolas, mas, com o aumento da procura, é já certo que o regime de aulas terá de ser de meio-dia. As crianças terão aulas apenas de manhã ou de tarde.

O aumento de alunos é fruto, sobretudo, da imigração, mas também, refere o presidente da câmara, devido ao “forte investimento privado em curso no concelho”, que calcula em 3 mil milhões de euros, que tem contribuído para o aumento demográfico após o último Censos.

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