Moradores lançam abaixo-assinado a pedir reabilitação de vias rurais em Santiago do Cacém

Moradores lançam abaixo-assinado a pedir reabilitação de vias rurais em Santiago do Cacém

Moradores lançam abaixo-assinado a pedir reabilitação de vias rurais em Santiago do Cacém

Documento já conta com 200 assinaturas e é dirigido ao presidente da autarquia e à Infraestruturas de Portugal

Dezenas de moradores e utilizadores de vias rurais degradadas junto às obras de ligação de Sines à Autoestrada do Sul (A2), no concelho de Santiago do Cacém, lançaram um abaixo-assinado a exigir a sua reparação e manutenção.

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No abaixo-assinado, que já conta com 200 assinaturas, os signatários interpelam o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, e a Infraestruturas de Portugal (IP), responsável pela empreitada de duplicação das faixas do Itinerário Principal 8 (IP8) entre Sines e a A2, com vista à “melhoria do troço lateral paralelo” àquela estrada. 

Os subscritores solicitam “a execução de obras necessárias à melhoria” destes caminhos, com a “colocação de pavimento duradouro, em alcatrão ou similar”, uma vez que o actual nível de degradação “prejudica directamente todas as viaturas” que por ali circulam.

A obra, a cargo da IP e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “prevê a melhoria das condições de circulação e segurança” no IP8/A26, entre o nó de Roncão e Relvas Verdes, no concelho de Santiago do Cacém, num troço “com cerca de 15 quilómetros”.

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“Estamos a falar de largas dezenas de moradores e de utilizadores que se queixam do estado de degradação destas vias rurais”, disse à agência Lusa, Sónia Reis, uma das moradoras que diariamente percorre entre cinco a seis quilómetros de estrada em terra batida para se deslocar para o local de trabalho.

Trata-se de “uma via rural que não está em condições porque ainda tem uma parte do asfaltamento feito na primeira investida para a construção da auto-estrada, há cerca de 13 anos, mas depois tudo o resto está em muito mau estado”, vincou.

E “estas preocupações surgem pelo facto de não haver uma resposta clara que nos leve a acreditar que a via rural, que serve a população que habita ou transita entre estas povoações, vai ser reparada”, explicou.

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A manutenção destes caminhos em terra batida “é muito difícil”, com zonas “muito deterioradas” que ficam “quase intransitáveis” sempre que chove, alertou a responsável, acrescentando que, quando a obra estiver concluída, esta será “a única forma de transitar para o trabalho ou para ter acesso aos eixos da auto-estrada”.

De acordo com Sónia Reis, a maioria dos utilizadores “fura ilegalmente esta via rural de acesso às localidades de Roncão e Santa Cruz”, no concelho de Santiago do Cacém, “reduzindo para metade os quilómetros” que irão “passar a fazer quando a auto-estrada estiver concluída”.

“Como a obra está a avançar bastante rápido, esses acessos, que podíamos utilizar, vão ficar vedados e as nossas viaturas terão de transitar nestas vias rurais” degradadas, lamentou.

Com este abaixo-assinado, “queremos o apoio destas entidades para tentarmos, em conjunto, perceber o que está pensado no projecto e, se não estiver nada previsto, tentar reverter esta situação”, frisou.

Por sua vez, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Santiago do Cacém, que realiza este sábado, às 15:00, uma sessão pública para alertar para o estado de degradação de várias estradas neste concelho do litoral alentejano, mostrou-se solidária com as preocupações destes moradores e apelou à assinatura do abaixo-assinado.

“Estamos solidários com estes moradores que residem junto às obras do IP8 e todas as pessoas devem subscrever este abaixo-assinado, porque, mesmo que estas obras se concretizem, os moradores têm sempre direito a chegar às suas residências”, afirmou à Lusa Dinis Silva, porta-voz da comissão de utentes. 

Contactada pela Lusa, por escrito, a Infraestruturas de Portugal não esclareceu até ao momento se o projecto prevê a reabilitação destas vias rurais.

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