“Setúbal a Pensar em Si” marcou conferência onde foram apresentadas as linhas gerais do documento
O Plano de Desenvolvimento da Saúde de Setúbal, cujas primeiras linhas orientadoras foram apresentadas esta quinta-feira, vai estar em consulta pública no portal do município até final de 2024.
A afirmação é do vereador com o pelouro da Saúde na Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, que falava na sessão de encerramento do II Fórum da Saúde “Setúbal a Pensar em Si”. Antes, Joaquim Judas, médico e assessor da autarquia para a Promoção da Saúde, interveio para explicar as bases do documento.
Ainda “inacabado”, mas já em fase de conclusão, este tem cinco objectivos entre os quais estão a promoção do bem-estar físico e mental, qualificação do ambiente e desenvolvimento territorial, promoção de equidade, cidadania e igualdade de género, prevenção comportamentos de risco, e, promoção de literacia e educação para a saúde.
É orientado por 17 metas globais dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas 2030, assim como da Rede Europeia de Cidades Sustentáveis da OMS, da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e Plano Nacional de Saúde 2030.
Com base em oportunidades, forças, fraquezas e ameaças (Análise SWOT) foram explicadas algumas medidas que ajudaram, ou não, à construção do documento.
O programa de reabilitação do centro histórico de Setúbal e a melhoria do nível da cobertura de população servida por sistemas de drenagens de águas residuais e ETAR foram duas das medidas elencadas nas oportunidades. A Estratégia Local de Habitação 2020-2030 e a revisão do Plano Director Municipal (PDM) são forças que impulsionam a redacção do documento.
O aumento da frequência de fenómenos naturais e a rigidez do sistema de gestão territorial, que dificulta a “capacidade de resposta em tempo útil às dinâmicas territoriais”, foram duas das ameaças apresentadas. Nas fraquezas, o elevado número de idosos isolados, e, os baixos rendimentos (salários e pensões).
Investimentos municipais melhoram ‘saúde’ da cidade
Durante a sessão de abertura o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, afirmou que os investimentos do executivo, na área da Saúde mas não só, têm ajudado a qualificar o território e a torná-lo mais atractivo para investimento de fora.
Neste primeiro parâmetro destacou os centros de saúde de Azeitão e da Bela Vista sendo que o primeiro está já concluído e o segundo em fase de construção. Lembrou ainda que, há duas semanas, esteve num fórum com os autarcas de Palmela e Sesimbra de onde saiu a decisão de “solicitar uma reunião à ministra da Saúde com carácter de urgência” com vista a “vencer a batalha que actualmente se trava para reforçar o Serviço Nacional de Saúde”.
Por sua vez a presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) vincou que a instituição dá muito foco à ética e responsabilidade profissional nos três cursos que leccionada ligados à Saúde – Fisioterapia, Enfermagem e Terapia da Fala. Ângela Lemos reforçou ainda que o IPS “trabalha na investigação” destas e de outras áreas.
Luís Pombo também deu as boas- -vindas aos participantes e convidou- -os a trocar experiências e debater soluções para melhorar a qualidade da Saúde em Setúbal e na região. “É nosso dever, enquanto profissionais e cidadãos, trabalhar para garantir que todos tenham direito à saúde”, considerou o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Arrábida.