Presidente da câmara municipal, André Martins, preside ao órgão que é constituído por 33 membros
O Conselho Municipal de Ambiente entrou em funções esta quarta-feira depois da cerimónia de tomada de posse nos paços do concelho. Composto por 33 membros e presidido pelo presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, o órgão teve a sua primeira reunião neste mesmo dia.
Esta teve como tema as alterações climáticas, segundo explicou o presidente, este que é um dos cinco eixos da estratégia que vai ser seguida pelo órgão – onde se inclui também a Educação Ambiental, a Conservação da Natureza, a Qualidade Ambiental e a Governança e Participação.
Tornar a cidade mais sustentável e promover a participação e a coesão social foi um dos objectivos mencionados pelo presidente do conselho que vai ser um “órgão de reflexão e consulta, representativo das várias entidades do município” bem como uma “estrutura permanente de participação e debate sobre todas as matérias municipais relevantes no âmbito do desenvolvimento sustentável”, como explica a nota de Imprensa da autarquia setubalense.
Setúbal tem uma “responsabilidade acrescida na defesa do ambiente” dadas as características ecológicas, ambientais e paisagísticas do território e por isso acresce o “grau de exigência e responsabilidade quanto à sua protecção e salvaguarda”, disse o autarca que toma posse “perante este sentimento de elevada responsabilidade”.
Ao nível das representações contam-se o município, todos os partidos da assembleia municipal, as juntas de freguesia, a Associação dos Municípios da Região de Setúbal, a Associação Baía de Setúbal e a Agência de Energia da Arrábida. Também Porto de Setúbal, a Capitania do Porto, as forças de segurança, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Unidade Local de Saúde da Arrábida, a Simarsul, a Amarsul, o Instituto de Conservação da natureza e das Florestas, e outras associações, se fazem representar no órgão.
Além de tudo isto o Conselho Municipal do Ambiente conta com uma comissão científica com nomes como Cristina Máguas, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Emanuel Gonçalves e Graça Martinho do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (MARE), José Carlos Ferreira da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, José Luís Zêzere do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, e, Luísa Schmidt do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa).
“A todas e a todos, muito obrigado, desde já, por aceitarem fazer este caminho connosco. Estamos certos de que o vosso saber e conhecimento constituem grande mais-valia para o nosso território. A defesa do ambiente é uma emergência global e, naturalmente, ao nível de todo o país, mas também ao nível regional e local. Aqui, em Setúbal, estamos seriamente empenhados neste desafio”, acrescentou o autarca durante a sessão.
Neste que foi “um dia extremamente importante para a vida colectiva” o presidente fez questão de lembrar que foi há cerca de um que a autarquia começou a integrar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas para “dar o seu contributo para o alcance das metas instituídas pelas Nações Unidas, na Agenda 2030” e que, durante este tempo, já foram registados “148 indicadores, 66 boas práticas e 16 projectos” na área do desenvolvimento sustentável.