Reunião pretendida para que direcção informe os sócios de como está o processo do PIR do clube
O Movimento Pró Vitória vai pedir à direcção do emblema sadino a marcação de uma Assembleia Extraordinária, uma vez que o conjunto verde e branco está a trinta dias do início da competição e “não se sabe nada concretamente da parte da direcção do clube”. O movimento quer que nesta reunião a direcção informe os sócios de como está o processo do Plano de Intervenção e Resolução (PIR) do clube, e o porquê da demora que “tanta preocupação” causa a todos os sócios e simpatizantes.
É também pretendido que seja feita a discussão e aprovação de proposta de que a direcção entregue o novo plano do PIR, baseada no património do clube “urgentemente”, sem necessidade de aprovação prévia pelos sócios da entrada do novo investidor e ainda a discussão e aprovação da quota facultativa Pró Vitória, ficando desde já aprovada “para o caso de ser necessário a sua implementação”.
O movimento fez a sua primeira apresentação na colectividade União Desportiva e Recreativa Casal das Figueiras, em Setúbal onde deu continuidade no dia 30 de Agosto com mais uma sessão de esclarecimento, desta vez, na colectividade Núcleo Recreativo e Desportivo Ídolos da Praça também em Setúbal.
“Todas estas colectividades estão nos bairros populares de Setúbal, onde se respira e vive Vitória desde a sua fundação em 1910 (aproveitamos para saudar todas as outras colectividades do Concelho e próximas dele onde há Vitorianos e que contamos com todos vós!)”, refere o movimento.
Numa nota de Imprensa enviada à redacção d’O SETUBALENSE, o movimento explica que nasceu com o “objectivo de mobilização da comunidade Vitoriana e Setubalense para de uma união de todos, ser proposta uma quota suplementar PRÓ VITÓRIA, unicamente destinada como apoio para o pagamento das prestações do PIR do Vitória Futebol Clube que deverá ser aprovado em finais de Setembro”.
Últimas soluções resultaram em “fracasso”
Outra das razões “fundamentais” para o aparecimento deste movimento, é o facto de todas as últimas soluções apresentadas garantidas com “sucesso absoluto e certo” pelas direcções dos últimos anos terem “redundado em completos fracassos e, empurrado o Vitória para a actual situação”.
“Estarmos cientes, que pode outra vez correr mal, ou vir alguma proposta apelidada de ‘perfeita’, mas que não tenha fundamentos, nem provas, nem garantias seguras para serem apresentadas aos Sócios, e termos de ser nós, os sócios e simpatizantes, como que um Plano B. Esse sim pode ser um caminho difícil, mas achamos que é mais seguro”.
No entender do movimento, a base principal de segurança para aprovação do PIR é o património do Vitória Futebol Clube, nomeadamente “partes do complexo do Bonfim onde o estádio permanecerá remodelado para permitir viabilização de edificação já contemplada”, no novo PDM do Município de Setúbal. “Com essa alienação gradual e bem negociada, o Vitória Futebol Clube pagará o PIR e será salvo”, atira.
Depois das primeiras sessões onde a mensagem de motivação e apoio na comunidade “foi muito bem acolhida”, reforça o movimento, havendo existência de “múltiplas sugestões de melhoria e da participação da comunidade”, para começar o processo de recuperação do Vitória, para que a sua equipa de futebol, “que é o ex-líbris do Clube e da cidade de Setúbal”, continue “na total posse dos seus sócios, com a mística popular e tradicional que tem guiado o clube desde sempre”.
A ideia do Movimento é “também possibilitar abertura a futuros investidores (mantendo o Vitória sempre a maioria da participação), somente quando regressar aos escalões profissionais, o que não poderá acontecer nos próximos 3 anos por impedimento estatutário”, esclarece.
Tendo em conta que na última sessão de esclarecimento, ter sido um dos temas mais abordados o Vitória estar a trinta dias do início da competição e “não se saber nada concretamente da parte da direcção do Clube”, o movimento vai pedir a marcação de uma Assembleia Extraordinária.