Cortejo e Augusto Canário marcam encerramento da Festa das Vindimas

Cortejo e Augusto Canário marcam encerramento da Festa das Vindimas

Cortejo e Augusto Canário marcam encerramento da Festa das Vindimas

Foto: Ricardo Perna

Comemorações chegam hoje ao fim. Bispo de Setúbal abençoou 1.º Mosto, que registou um grau de álcool de 12,8

Termina hoje a Festa das Vindimas, em Palmela. As actuações do Grupo de Guitarras da Sociedade de Instrução Musical e de Augusto Canário, a juntar a mais um cortejo das vindimas, são os principais destaques da programação para o derradeiro dia das comemorações, que contempla ainda mais uma largada de toiros e animação musical com o DJ Max.

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Apontado por muitos como o momento mais alto do certame, a pisa da uva e bênção do 1.º Mosto decorreu no passado domingo com a participação do Cardeal D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal.

O prelado assumiu o ritual, à porta da Igreja, depois de o 1.º Mosto ter sido avaliado pelo grão-mestre Filipe Cardoso com um grau de álcool de 12,8, o que, de acordo com o vitivinicultor, indicia que este será “um bom ano para o vinho”. Desde 1963 que o 1.º Mosto é ofertado pelos produtores à Igreja, para ser distribuído pelas paróquias e utilizado como vinho de missa.

D. Américo Aguiar presidiu depois à eucaristia no interior do templo e formulou um desejo: “Que quem agora vai encher garrafas e pôr rótulos e pôr rolhas, se sinta retribuído pelo seu trabalho. Que aqueles que vão transportar as caixas e as pipas, e mais não sei o quê, pelo País, pela Europa e pelo Mundo, se sintam retribuídos pelo seu trabalho”.

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O Cardeal não deixou de criticar o funcionamento do mercado no sector. “É um sentimento de injustiça quando abro uma garrafa num restaurante. Pago e digo assim: ‘epá, então isto custou seis cêntimos nas uvas e chegou aqui e custa dezenas ou centenas de euros? O que é que se passou?’ Foi o tempo”, atirou.

Novidade em Novembro

A festa arrancou na passada quinta-feira, mas na véspera, como já é habitual, teve lugar outro dos principais momentos associados ao evento: a eleição da Rainha das Vindimas. Inês Carvalho, 24 anos, de Palmela, foi coroada e teve a companhia de Inês Santos, eleita 1.ª Dama de Honor, e Nicole Nunes, eleita 2.ª Dama de Honor e também Miss Simpatia.

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A abertura oficial das comemorações – subordinada ao tema “O renascer da tradição” – contou com a presença de autarcas, representantes do movimento associativo e entidades locais, além dos embaixadores de Cuba em Portugal e da Missão Diplomática da Palestina.

André Ribeiro, presidente da “Associação das Festas de Palmela – Festa das Vindimas”, aproveitou a ocasião para lembrar os pergaminhos das festividade. “Nesta festa, celebramos a colheita, fruto do trabalho árduo e dedicado de todos aqueles que, de geração em geração, preservaram e transmitiram os segredos e os saberes do cultivo da uva e da produção do vinho. Mas, mais do que isso, celebramos o espírito da comunidade, união e partilha que sempre caracterizou o nosso povo”, disse.

E Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, que se debruçou sobre a expressão maior que o sector tem naquele território, salientou uma nova aposta que vai dimensionar ainda mais o calendário anual de eventos que promove a vitivinicultura local. Segundo o autarca, este ano, Palmela vai receber pela primeira vez, já em Novembro, o Concurso Nacional de Escanções. A iniciativa vai englobar um concurso dedicado à Casta Castelão.

Hoje chega ao fim esta que é a 61.ª edição da Festa das Vindimas e que, pela primeira vez, teve como rádio oficial a Popular FM.

Vindimas Desfile recebe elogios e volta às ruas esta noite

O cortejo das vindimas – que habitualmente se constitui como um dos momentos marcantes das festividades – volta a sair às ruas da vila esta noite. No passado domingo, o desfile dos carros alegóricos mereceu elogios e até aplausos entre a assistência. Álvaro Amaro, presidente da Câmara, considerou na sua página no Facebook que o cortejo foi um sucesso e a comissão de festas destacou os obreiros. A criação foi de José Condeça, a responsabilidade dos figurinos foi de Amílcar Caetano, a decoração esteve sob a alçada de José Condeça, Amílcar Caetano e Fábio Caramelo, e a carpintaria foi da autoria de João Salvador e Rui Horta. Os adereços foram da responsabilidade de José Alberto Reis, Emília Marreiros e Manuel Crispim, A abertura contou com um apontamento coreográfico com assinatura de Carla Fonseca e Dino Carvalho.

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