Programação para este semestre apresenta fadista Tiago Correia, Teatro Fontenova, guitarrista Pedro Branco e Ana Lua Caiano, entre outros
A primeira edição do festival “Montijo Blossom Jazz & Blues”, promovido pelo município montijense e pela Luckyman Agency, marca o arranque da programação para o segundo semestre do ano na Casa da Música Jorge Peixinho. O evento, a ter lugar no Jardim das Nascentes nos próximos dias 13 e 14 e com entradas livres, apresenta em cartaz Luke Winslow King, Maria João & Carlos Bica, Siesta Serra 94, Martin Harley, Carmen Souza e Kimikus.
A calendarização para a segunda parte da temporada deste ano, divulgada pela Companhia Mascerenhas-Martins – responsável pela gestão cultural do espaço municipal –, tem na música e no teatro os principais eixos de actividade no interior e exterior (no Jardim das Nascentes) da Casa Jorge Peixinho.
Para 20 e 21 de Setembro estão marcados dois concertos com o fadista montijense Tiago Correia, que celebra 15 anos de carreira. Ainda neste mês, segue-se no dia 27 a actuação de Minta & The Brook Trout, projecto de Francisca Cortesão, que tem na forja o lançamento do quinto álbum.
Outubro inicia-se com um concerto do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) no dia 4. “Traz o ciclo ‘Mundos’, onde evoca a memória do compositor Filipe Pires, no ano em que se assinala o 90.º aniversário do seu nascimento”, sublinha a Mascarenhas-Martins, que se prepara para estrear uma nova criação cénica. “Esse silêncio que determina o almoço” intitula a produção teatral que a companhia vai ter em cena na Casa da Música de 18 de Outubro a 3 de Novembro. Esta produção artística, interpretada por João Jacinto, tem texto e encenação de Miguel Branco. “É um monólogo autobiográfico que anda à volta das relações familiares do seu autor”, explica a companhia.
A programação prossegue a 9 de Novembro com a subida ao palco do Teatro Fontenova, que vai apresentar ao público o espectáculo “Os Barrigas e os Magriços”. Trata-se de “uma adaptação livre do conto homónimo de Álvaro Cunhal” e debruça-se sobre “memórias de infância de quem cresceu antes da Revolução”. João Mota, Patrícia Paixão e Sara Túbio Costa ‘assinam’ a criação, dramaturgia e interpretação da peça.
A música volta ao palco do mais recente equipamento cultural do município – concluiu o 1.º aniversário no dia 25 de Abril passado – a 15 de Novembro com o guitarrista Pedro Branco, acompanhado por Carlos Barretto e João Sousa, num concerto em “formato trio de jazz” e com um “reportório do cantor romântico português Marco Paulo”.
O dia 22 de Novembro está reservado para a actuação de Ana Lua Caiano. A artista vai apresentar “um dos grandes discos de 2024: ‘Vou Ficar Neste Quadrado’”.
A actividade cultural preparada pela Mascarenhas-Martinhas engloba ainda um conjunto de outras iniciativas, dentro e fora da Casa da Música Jorge Peixinho, que contempla também acções pedagógicas, como a apresentação em palco de “A Orquestra”, do Teatro do Eléctrico, o projecto Teatro de Papel, da própria companhia e com direcção de Maria Mascarenhas, ou o Clube de Teatro, projecto de ensino informal que permite aos participantes um primeiro contacto com as artes cénicas.
A Mascarenhas-Martins é uma estrutura de criação artística, também dedicada à intervenção cultural e à acção pedagógica, que foi fundada em 2015.