Importância do jornalismo na democracia e trabalho “bem feito” pelo jornal sublinhados aos microfones da RTP
Foi em directo do Miradouro de São Sebastião que a RTP falou com o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, e com Francisco Alves Rito, director d’O SETUBALENSE, jornal que nesta quarta-feira teve nas bancas a edição especial de aniversário. A importância do jornalismo na democracia, assim como o trabalho “bem feito” pelo jornal mais antigo de Portugal Continental foram sublinhados aos microfones da RTP, num directo conduzido pela jornalista Filipa Marques Rodrigues para o programa ‘Portugal em Direto’.
Com o Rio Sado como pano de fundo, o líder da autarquia setubalense destacou que a população de Setúbal é “uma população privilegiada” por ter um órgão de informação que “ao longo destes anos tem sabido cumprir a sua missão de informar com isenção”.
Aos microfones da RTP, André Martins revelou que espera que O SETUBALENSE continue “a fazer um jornalismo como tem feito até agora”. Para o autarca sadino não restam dúvidas, considerando que uma população “bem informada” é uma população que “participa na sociedade”, algo que para o edil sadino é “fundamental”.
Para Francisco Alves Rito o jornal “confunde-se com a cidade e com a região”, com o também jornalista do Público a referir que se trata de “uma das principais fontes históricas para quem se dedica a estudar sobre o passado da região”.
Analisando a edição especial de aniversário, o director da publicação explica que para reflectir sobre jornalismo, liberdade e democracia, recorreu-se à ajuda de especialistas, sublinhando a entrevista a Miguel Poiares Maduro, o papel da professora Rita Figueiras como directora convidada e a participação especial de muitos alunos e docentes do curso de Comunicação Social.
Francisco Alves Rito fez ainda uma analogia, colocando o Jornalismo como o periquito da Democracia, explicando que tal como há muitos anos os mineiros usavam estes pássaros para medir o nível de oxigénio da mina, o jornalismo “tem esse papel na democracia”, porque “quando o jornalismo é rigoroso e independente, a democracia é pujante e funciona”.
Para o director da publicação que celebra 169 anos de existência, a imprensa regional cumpre um papel que a imprensa nacional “não consegue”, sublinhando ainda que com a abordagem destes temas é dado “um grito”, tendo em conta que a conjuntura do sector do jornalismo “está comprometida”.