Pensada para promover as colectividades de São Sebastião, a 20.ª edição contou com um cartaz que foi da música às marchas populares
“Fantástica. Superou as nossas expectativas”. Este é o balanço que o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos, faz da 20.ª edição da Festanima que, durante dez dias, de 12 de Julho a dia 21, encheu de gente as Escarpas de Santos Nicolau. Com vista para o Sado, “as noites quentes de Verão ajudaram à presença do muito público, mas também o bom cartaz de espectáculos onde é de destacar a presença de artistas setubalenses, os quais não nos cansamos de acompanhar”.
Logo a abrir a Festanima, Pedro Conceição, artista nascido e criado na freguesia de São Sebastião subiu pela primeira a um Palco Principal e, dias depois, foi a vez de Dário PI, outro jovem da cidade de Setúbal. São dois destaques do presidente da junta de freguesia sobre as presenças em palco por onde passaram também o incontornável sadino Toy. Mas, muito mais houve, como tributo aos ABBA e a Bob Marley, os Irmão Cabanas, Jorge Nice e David Antunes & The Midnight Band, entre outros. E, a terminar, na noite de ontem, o tenor setubalense João Mendonza.
“Todo o cartaz foi de muito boa qualidade, apenas realço dois dos jovens porque são da freguesia e são prova como esta é dinâmica”, diz Luís Matos. Aliás, algumas das dez colectividades presentes na festa, através dos seus órgãos dirigidos por jovens, são também motivo de orgulho para o autarca. “Há sangue novo nas nossas colectividades. Quando se diz que o movimento associativo está envelhecido, a nossa freguesia pauta pela diferença, dou apenas alguns exemplos: o Grupo Desportivo Independente, o Núcleo Desportivo e Recreativo Ídolos da Praça e a colectividade centenária Grupo Desportivo Setubalense os 13. Todas elas colectividades dirigidas por órgãos sociais jovens que têm introduzido novas ideias e modalidades”.
Uma das razões da Festanima é mesmo promover o trabalho feito pelo movimento associativo de São Sebastião. Organizada pela junta de freguesia, as dez colectividades presentes, por demonstrarem vontade de participar e escolhidas por sorteio, tiveram oportunidade de divulgarem o nome, as modalidades que praticam e as respostas que têm de cariz social. Ao mesmo tempo, gerar receita para se financiarem. “É uma folga orçamental para o trabalho que desenvolvem nos meses posteriores à festa”.
Explica Luís Matos que a participação das colectividades na Festanima tem um custo, “mas muito baixo”, porque “o grande volume dos custos é assumido para junta de freguesia, são uma larga dezena de milhares de euros de investimento, mas a junta de freguesia não tem que receber lucros”, afirma.
Com a Festanima a receber abertura do Festival Internacional de Folclore em Setúbal, onde actuaram dois grupos internacionais no Palco Arraial, um Grupo do México e outro grupo da Sérvia, este ano estiveram presentes as cinco marchas populares de Setúbal, incluindo a marcha infantil do Bairro de Santos e a do Grupo Desportivo Setubalense os 13. E como sempre, manteve-se a tradição no início da festa.
Saiu do Mercado da Conceição, que está a ser dinamizado pela Associação Bairro Cool, e, do centro do Bairro de Santos o cortejo das associações sempre acompanhado pela Sociedade Musical Capricho Setubalense percorreu as ruas passando pelo Núcleo dos Amigos do Bairro de Santos Nicolau e pela sede do Grupo Desportivo os Amarelos – duas colectividades carismáticas da freguesia – até chegar às Escarpas de Santos Nicolau.
“Cumprimos com o nosso desígnio: fomentar a consolidação e divulgação do movimento associativo e estarmos próximos das associações e despoletar o convívio”, afirma Luís Matos.