Centro de Saúde da Baixa da Banheira já está de pé e a funcionar

Centro de Saúde da Baixa da Banheira já está de pé e a funcionar

Centro de Saúde da Baixa da Banheira já está de pé e a funcionar

Equipamento foi inaugurado. Representou investimento de 2,5M€ e tem capacidade para 30 mil utentes. Concretização da obra foi “parto difícil”

Cerca de dois anos depois de a Câmara Municipal da Moita ter tomado posse administrativa da obra e de ter adjudicado a finalização da empreitada a uma nova empresa, o Centro de Saúde da Baixa da Banheira, constituído no modelo de Unidade de Saúde Familiar, já está de pé e a funcionar. A inauguração do equipamento – que representou um investimento de 2,5 milhões de euros e que tem capacidade para servir 30 mil utentes – decorreu na manhã da passada segunda-feira.

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Carlos Albino, presidente da autarquia, em conjunto com Teresa Carneiro, que preside ao Conselho de Administração da ULSAR, e Isabel Quaresma, da CCDR-LVT, descerraram a placa alusiva à ocasião.

E para o edil fez-se história no concelho. “Este é um dia marcante, que ficará certamente na história. Não é todos os dias que uma localidade recebe um investimento desta natureza”, frisou Carlos Albino, que realçou a vantagem do investimento. “Para os profissionais de saúde também é uma oportunidade, porque têm instalações novas, gabinetes novos, equipamento médico-cirúrgico e também mobiliário, muito dele, novo. Abre-se aqui uma janela de oportunidade até para novos médicos que queiram vir para cá. Temos muito espaço para os receber”, observou.

Atrair novos profissionais de saúde é, de resto, um desejo partilhado por todos. Até porque, conforme assumiu Teresa Carneiro, a população da Baixa da Banheira “tem tido muita dificuldade no acesso aos cuidados de saúde”. “Diversificar e reforçar a oferta de cuidados de saúde é a nossa principal prioridade”, disse a responsável da ULSAR, que classificou o novo equipamento como “decisivo” para aquele território.

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Do sonho à realidade
Isabel Quaresma destacou a chegada a bom porto de um projecto marcado por várias dificuldades. “Houve aqui um conjunto de sinergias que pareciam não acontecer. Hoje [segunda-feira passada], perceber que estamos aqui, que está o equipamento disponível para as populações já a funcionar, representa uma realidade viva e isso é uma grande satisfação”, comentou a representante da CCDR-LVT.

Já Bárbara Dias, presidente da Junta da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, lembrou que este era um sonho antigo da comunidade local. “Há décadas que os banheirenses lutavam por um projecto como este e, finalmente, pudemos ver concretizado esse desejo. É um dia feliz para a Baixa da Banheira e para todos aqueles que pensaram e conseguiram executar este projecto”, afirmou a autarca.

Para trás, ficou todo um processo que cedo se percebeu que não corria sobre rodas. Em Agosto de 2022, o município tomou posse administrativa da obra, depois de perceber que os prazos não seriam cumpridos. A empresa que iniciou os trabalhos deixou apenas 31% da empreitada executada. Em Abril de 2023, a edilidade – que conseguiu ainda evitar que o financiamento ao abrigo do POR Lisboa 2020 se perdesse – viria a assinar novo auto de consignação da obra com uma nova empresa, a Wikibuild, que finalizou a construção do centro de saúde.

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O novo edifício tem dois pisos e foi construído num terreno cedido pela Câmara da Moita, numa área com cerca de 13.500 metros quadrados.

Polémica Deputado do PSD diz que tutela não foi convidada mas presidente da ULSAR desmente

O social-democrata Bruno Vitorino, deputado à Assembleia da República eleito pelo círculo de Setúbal, não poupou críticas à cerimónia de abertura do centro de saúde. “Uma inauguração ‘sui generis’. Nunca tinha visto uma inauguração de uma unidade de saúde ser feita sem ser convidada a tutela”, disse o parlamentar num vídeo partilhado no Facebook, ao mesmo tempo que classificou o momento como “uma festa socialista” e “uma vergonha à PS”. A acusação do social-democrata foi, no entanto, rebatida por Teresa Carneiro, presidente do Conselho de Administração da ULSAR, que confirmou a O SETUBALENSE que a tutela “foi convidada”. E Carlos Albino, presidente da Câmara da Moita, também desmentiu Bruno Vitorino. “É falso! Os convites foram articulados entre a autarquia e a Administração de Saúde. O Ministério da Saúde foi convidado pela ULSAR. Mas não foi manifestada disponibilidade da ministra em estar presente nem dada indicação de alguém que a pudesse representar”, disse o autarca O SETUBALENSE.

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