A Estrada dos Ciprestes vai passar a estar ligada à Avenida de Moçambique e à via principal da Várzea. Operação urbanística está enquadrada no projecto do futuro Parque Urbano da Várzea
O prolongamento, requalificação e alargamento da Avenida de Moçambique vai implicar alterações profundas na circulação automóvel na Estrada dos Ciprestes e na via principal da Várzea, que vão passar a ter sentido único para o trânsito rodoviário. A Avenida de Moçambique irá ligar à Estrada dos Ciprestes e será concluído o troço da via principal da Várzea, a qual também passará a estar ligada à referida estrada.
Com as intervenções projectadas, será implementado “um novo esquema de trânsito em anel”, com “sentidos únicos de circulação rodoviária na Estrada dos Ciprestes, que passa a ter trânsito apenas no sentido sul/norte, enquanto na via principal da Várzea a circulação irá processar-se no sentido norte/sul”, explica a Câmara Municipal que aprovou, na última quarta-feira, a celebração de um contrato para execução do prolongamento, requalificação e alargamento da Avenida de Moçambique, operação urbanística que inclui a conclusão do troço da via principal da Várzea.
A obra enquadra-se no projecto do futuro Parque Urbano da Várzea, para o qual a autarquia diz que desenvolveu “um estudo urbanístico da zona envolvente àquele espaço e cujas conclusões convergiram para a reformulação da rede viária”.
A Avenida de Moçambique, artéria localizada a norte do futuro Parque Urbano da Várzea, será “intervencionada numa empreitada orçada em 597 mil e 17,90 euros”, ao abrigo de um contrato a celebrar entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Lidl & Companhia.
“Pretende a Lidl & Companhia, através da celebração de um contrato de empreitada, proceder à realização das obras conducentes à requalificação, prolongamento e ampliação da Avenida de Moçambique, disponibilizando-se para, consequentemente, assumir os valores que lhes estiveram associados”, pode ler-se na deliberação aprovada.
Avenida de Moçambique será prolongada em cerca de “380 metros lineares”, passando a estar ligada à Estrada dos Ciprestes, o que constitui “um dos principais objectivos a concretizar” com a referida intervenção.
Introdução de áreas de circulação pedonal
Além disso, a referida avenida será “também requalificada com a introdução de novas soluções de mobilidade urbana e ampliada por forma a poder receber mais infra-estruturas”, como áreas de circulação pedonal, um sistema de drenagem de águas pluviais e uma ciclovia.
Paralelamente, a operação urbanística engloba ainda a conclusão da via principal da Várzea, cuja primeira fase a autarquia lembra que já executou. Esta via será prolongada “em 361 metros” com a respectiva “ligação à Estrada dos Ciprestes, esta última com a execução de um troço com 89 metros”.
A Câmara Municipal explica que o prolongamento da via principal da Várzea “vai seguir o perfil existente, no qual se destacam uma ampla zona de circulação pedonal, complementado por uma linha de vegetação arbórea, e novas bolsas de estacionamento automóvel”.
O conjunto destas intervenções vão, assim, possibilitar “a implementação de um novo esquema de trânsito em anel”, com sentidos únicos de circulação rodoviária na Estrada dos Ciprestes (trânsito no sentido sul/norte) e na via principal da Várzea (trânsito no sentido norte/sul).
Actual Lidl vai abaixo mas para dar lugar a nova e maior loja
Também aprovado na última reunião de câmara foi a celebração de um contrato de urbanização com a Lidl & Companhia para remodelação e ampliação de uma unidade comercial instalada na zona da Quinta do Paraíso. “A proposta urbanística, com projecto de arquitectura já deferido pela Câmara Municipal de Setúbal, tem como objectivo a demolição do actual edifício do Lidl, com acesso pela Avenida de Moçambique, e a construção de nova loja, com uma área de implantação diferente e maior dimensão.”
A operação contempla a execução de um arruamento pedonal, com uma nova bolsa de estacionamento automóvel, além do arranjo paisagístico da zona. A proposta aprovada indica que estas beneficiações são realizadas “numa parcela na qual não existia qualquer tratamento urbano” e que o projecto prevê o “aumento dos lugares de estacionamento ordenado disponíveis” tanto para clientes da loja como para moradores da zona envolvente. “A operação urbanística aprovada pela autarquia está sujeita ao pagamento de taxas de realização, manutenção e reforço de infra-estruturas no montante de 30 mil e 763,80 euros, sendo que a obra no espaço público, igualmente a cargo da Lidl & Companhia, tem o valor de 248 mil e 796,51 euros”, sublinha autarquia a concluir.