Deputada eleita pelo círculo sadino reforça que utentes são confrontados com falta de navios para responderem às “necessidades de transporte”
Paula Santos, líder do grupo parlamentar do PCP, questiona Maria da Graça Carvalho, ministra de Ambiente e Energia, sobre os “vários problemas” do transporte público fluvial entre as margens do rio Tejo. No documento enviado à governante, a que O SETUBALENSE teve acesso, a deputada eleita pelo círculo eleitoral de Setúbal sublinha que os utentes da Transtejo/Softlusa continuam a ser confrontados com “problemas criados” com a falta de navios operacionais para responderem às “necessidades de transporte”, nomeadamente o “cumprimento dos horários e carreiras programadas”.
Perante a “persistência deste problema” e a continuada “ausência da tomada das medidas necessárias” à sua superação, Paula Santos solicitou ao Governo PSD, que, por intermédio do ministério do Ambiente e da Energia, responda às questões colocadas pela deputada.
Quais as medidas que o Governo pretende tomar para assegurar contratação de trabalhadores para o normal funcionamento da Transtejo/Soflusa, as acções desenvolvidas para reconstituir um serviço próprio de manutenção, a calendarização de obras para a adaptação dos terminais e os equipamentos adquiridos para socorrer os passageiros, tripulações e navios foram algumas das questões colocadas pela comunista à governante social-democrata.
Para Paula Santos, a este problema “há muito referenciado e não resolvido pelos diferentes governos”, acrescem as questões que se levantam com as novas embarcações “que tardam em entrar ao serviço”. A deputada na Assembleia da República fez questão de recordar, na questão enviada à ministra, que em 2020 foi lançado um concurso de aquisição de 10 novos navios para reforço da frota da Transtejo.
No seu entender, há outros aspectos que se colocam e que “carecem de resposta”, em particular, que “obras foram ou vão ser efectuadas nas estações/terminais e nos pontões”, atendendo às “exigências” dos novos navios eléctricos. A deputada questiona também que formação, treino e testes de segurança, foram executados para que as tripulações se encontrem “aptas para responder” a qualquer circunstância que possa ocorrer, assim como que equipamentos foram adquiridos para socorrer os passageiros e tripulações.
A líder do grupo parlamentar comunista defende que é preciso “adoptar soluções” para assegurar a “regularidade e a qualidade” do transporte público fluvial oferecido aos utentes da Transtejo/Soflusa. Paula Santos levanta ainda as questões do programa de recrutamento de trabalhadores em curso para “suprir as necessidades presentes e futuras da empresa”, do programa de manutenção existente para os navios ao serviço, e quais os níveis de aprovisionamento de sobressalentes necessários para responder aos problemas que surgem no dia a dia.