26 Junho 2024, Quarta-feira

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A inteligência artificial          

A inteligência artificial          

A inteligência artificial          

, Médico
19 Junho 2024, Quarta-feira
Mário Moura - Médico|

A inteligência do “homo sapiens”, com a sua capacidade inventiva imparável, tirou-nos das cavernas e, com o domínio total da tecnologia e das várias ciências, para os “arranha-céus”, com mais de um cento de andares, fazendo das nossas cidades verdadeiras florestas de betão e ferro.

As ciências revolucionam totalmente as nossas vidas com os transportes ultrapassando a velocidade do som, com a devassa microscópica dos elementos constitutivos das células dos nossos tecidos, com a capacidade de navegar pelo espaço infinito poisando em Marte e colocando uma estação permanentemente habitada vencendo as leis da gravidade e – infelizmente – construindo armas destrutivas a partir da “fissura do átomo”. E surgem os computadores, a descoberta das fontes de energia extraídas das entranhas do globo em que todos habitamos, etc.

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Toda esta vertiginosa caminhada leva-nos à robotização, ao cinema e, ultimamente, à automatização, aos meios de informação cada vez mais rápidos e miniaturizados para termos tudo acessível no nosso bolso com três ou quatro canais de informação dominando o mundo. Mas a inteligência do homem leva-nos até à construção da inteligência artificial cuja capacidade de dar milhares de respostas em milésimos de segundo levando a que as capacidades dos homens se tornem – em linguagem corriqueira – praticamente infinitas. De tal maneira que um grupo de cientistas, com responsabilidades na construção da inteligência artificial, diz aos outros técnicos do ramo que será prudente fazer uma paragem nas investigações, pois surge o receio das “maquinas” tomarem, elas próprias, o seu destino.

É legitimo perguntar: É o homem, com todo este poder, mais feliz?

Eis uma pergunta legitima, sentindo à nossa volta a iminência duma guerra total, vendo guerrinhas nos quatro cantos do mundo, ouvindo os cientistas do ambiente declararem categoricamente que os equilíbrios estruturantes da Vida no nosso planeta estão em risco, que se não se tomarem serias e drásticas medidas, a Terra torna-se inabitável, dentro de uma quarentena de anos.

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Tendo terminado há três dias uma reunião com mais de cem países para falar sobre as possibilidades de haver paz (onde nem houve acordo sobre um documento final), os maiores países do globo, os Estados Unidos da América, a China e a Rússia, digladiam-se sobre quem manda ou quem domina mais território. Não se vêem perspectivas de entendimentos e, portanto, de paz! Todos se digladiam, todos se matam, e não será a inteligência artificial, cada vez mais usada, que nos resolverá estas situações.

É que as relações entre os seres humanos não dependem só – nem principalmente – da nossa inteligência. O bebé no ninho uterino da mãe, a partir do terceiro mês começa a registar, não factos, mas emoções dos pais. E assim continua o relacionamento entre os seres humanos que depende essencialmente de emoções, de afectos e desafectos, duma panóplia imensa de sustâncias químicas que circulam pelos seus vasos e assim levados aos quatro cantos do ser humano. E tudo isto se mantem durante toda a nossa vida regulando o dia-a-dia de cada ser humano. Alem disso temos ainda toda uma serie de emoções armazenadas no nosso sub-consciente e, mais fundo, no nosso inconsciente que muitas vezes nos fazem recorrer aos psicólogos ou psiquiatras. E aqui a inteligência artificial terá muita dificuldade em ajudar o ser humano.

Um mundo orientado pela técnica, mesmo com um milhão de respostas num milésimo de segundo, será um mundo vertiginoso, mas sem alma!  Assim compreendemos melhor o mundo trágico que nos envolve e nos ameaça de destruição, sem que tenhamos as necessárias reacções. Hoje somos seres robotizados ao sabor do Tic-Toc, Facebook, Instagram ou outra coisa qualquer com a mesma génese.

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Sentimos necessidade de acordar os nossos “quase robots”

Emocionem-se, chorem, riam, cantem, mas não se conformem! Mesmo com a inteligência artificial.       

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