Observei-te a pormenor,

Mesmo quando mal sabias,

Foi tempo esse meu melhor,

Quando não desiludias.

Ilusionismo endiabrado,

Suave em sua violência,

Deixou-me a ti agrilhoado,

Sem sinais teus de clemência.

Quando a espada brandiste,

A mim mesmo retornei,

Quando o golpe desferiste,

Desiludido me encontrei.

Ainda sendo prisioneiro,

De tal não estava consciente,

Era o deleite verdadeiro,

De saber que o coração não desemente

A ilusão, que é seu modo mais contente,

Embora nada o alimente

Na fome do seu ventre.