Chefe do executivo municipal explicou que a reconfiguração dos transportes na Área Metropolitana de Lisboa vai permitir aumentar 30% a oferta. Desertificação só pode ser combatida com investimento público e privado
Os transportes públicos e a desertificação da vila de Canha foram os principais temas que os munícipes locais aproveitaram para debater com o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, na reunião realizada no passado dia 21 na sede da Junta de Freguesia, naquele que foi o arranque de um ciclo de visitas que o executivo camarário socialista está a efectuar a todas as freguesias do concelho.
“Sobre as questões da mobilidade, Nuno Canta afirmou que, ao longo dos anos, a Câmara tem assumido uma posição intransigente com os Transportes Sul do Tejo relativamente às carreiras entre Canha e o Montijo, opondo-se determinantemente ao término das carreiras nos dias de semana”, revela o gabinete de comunicação da Câmara Municipal, adiantando que o chefe do executivo “informou, ainda, os munícipes sobre a reconfiguração que a Área Metropolitana de Lisboa está a desenvolver nos transportes”. Uma reconfiguração que “trará benefícios para todos, nomeadamente o passe mensal no valor máximo de 40 euros e o aumento em 30 por cento da oferta de carreiras”.
No que toca à interioridade e desertificação da vila, o autarca expressou uma convicção pessoal: “Só com investimento, público e privado, se poderá alterar este cenário”. Nesse contexto, Nuno Canta recordou que a Câmara “tem estado empenhada nesse processo”, apontando como exemplo “o investimento do novo Estabelecimento Prisional que o Estado pretende implementar na antiga Herdade Gil Vaz”. Ao mesmo tempo, avincou que dá “sempre luz verde a todos os investimentos privados que se queiram instalar na freguesia”, desde que os mesmos “cumpram os requisitos legais”.
Antes da sessão com a população, o presidente da Câmara, que foi acompanhado na visita pelos vereadores Maria Clara Silva, Ricardo Bernardes e Sara Ferreira, reuniu-se com o executivo da junta de freguesia presidido por Armando Piteira, para debate das principais necessidades locais: “intervenções pontuais na Escola Básica de Canha, como a reparação do telheiro de acesso às casas de banho e pinturas diversas; a reparação de calçadas; e a extensão da rede de abastecimento de água a zonas isoladas da freguesia, em particular nas Latadas”.
Compromisso de apoio às instituições locais
A delegação visitou depois alguns dos investimentos executados ou a executar na freguesia, como a nova ETAR, e instituições. “Na Santa Casa da Misericórdia de Canha, a direcção solicitou o apoio da Câmara e da junta para a realização de intervenções no edifício. Na Casa do Povo de Canha, a obra do futuro lar foi referenciada como o principal objectivo da instituição”, salienta o gabinete de comunicação, frisando que o presidente da Câmara comprometeu-se a “equacionar todas as questões e, dentro das possibilidades da autarquia, apoiar as instituições”.
A comitiva socialista visitou ainda os Bombeiros Voluntários de Canha, onde “foi abordada a necessidade de uma nova uma ambulância de emergência pré-hospitalar”, cuja aquisição a Câmara Municipal já se comprometeu a apoiar. Os bombeiros pretendem ainda ver criada uma Equipa de Intervenção Permanente para o socorro aos cidadãos, processo que a Câmara diz estar já “a ultimar” com o Ministério da Administração Interna.
A próxima visita do executivo municipal está agendada para 7 de Março e terá como destino a freguesia de Sarilhos Grandes.
