Legado de ouro do ‘Senhor Atletismo’ contado em mostra de 40 fotografias

Legado de ouro do ‘Senhor Atletismo’ contado em mostra de 40 fotografias

Legado de ouro do ‘Senhor Atletismo’ contado em mostra de 40 fotografias

Exposição sobre Moniz Pereira vai estar patente ao público até 30 de Junho e permite reviver (ou conhecer) momentos marcantes

Faleceu em 31 de Julho de 2016 aos 95 anos e foi, sobretudo, de leão ao peito – cortou a meta da vida como sócio n.º 2 do clube de Alvalade – que construiu um legado de ouro para o desporto nacional. Um legado que o imortaliza e que, em parte, pode ser revivido na StartUp Barreiro até 30 de Junho, através de uma exposição composta por 40 imagens. São registos fotográficos do espólio pessoal do eterno “Senhor Atletismo”, como ficou conhecido o professor Mário Moniz Pereira.

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A mostra itinerante – intitulada “Moniz Pereira: o treinador e os atletas” e promovida pelo Museu Nacional do Desporto – está patente ao público no espaço barreirense desde a passada sexta-feira. A cerimónia de “inauguração” juntou na StartUp Barreiro Leonor Moniz Pereira, filha de Mário Moniz Pereira, Susana Patronilho, técnica do Museu Nacional do Desporto, e os autarcas barreirenses André Pinotes Batista, que preside à Assembleia Municipal, e os vereadores Rui Pedro Pereira e Maria João Regalo.

Durante a abertura da exposição, Rui Pedro Pereira, responsável pelo pelouro do Desporto na autarquia, lembrou Mário Moniz Pereira como “o grande fazedor de campeões que, com técnicas fora da caixa para a época, conseguiu enormes feitos”. E as quatro dezenas de painéis com imagens acompanhadas de textos resumidos reflectem alguns dos principais momentos da vida do “Senhor Atletismo”, da relação com os atletas que orientou, do trabalho desenvolvido que culminou com conquistas à escala global.

A medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, alcançada na maratona por Carlos Lopes – descontando a prata nos Jogos de 1976, em Montreal, mas nos 10 mil metros, e os três títulos mundiais de corta-mato também arrecadados – foi um dos maiores frutos colhidos por Moniz Pereira e pelo atletismo nacional.

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Mas houve outros mais ao longo do trajecto do professor, que enquanto treinador de atletismo somou presenças em 12 Jogos Olímpicos, 13 Campeonatos da Europa e 21 Campeonatos do Mundo de Corta-Mato. Quem não se lembra do antigo recorde mundial nos 10 mil metros alcançado por Fernando Mamede, com Lopes a servir de “lebre”, um mês antes dos Jogos Olímpicos de 1984? Ou até mesmo dos gémeos Castro?

Moniz Pereira – que também brilhou (e até tarde) como atleta (conquistou o bronze em salto em comprimento e triplo salto no Mundial de Veteranos em 1977, repetindo o mesmo lugar nesta última modalidade no Europeu de 1982) – foi ainda director do Estádio Nacional e Seleccionador de Atletismo e Voleibol, além de se ter destacado a compor músicas e letras de fados, que viriam a ser interpretados por nomes maiores da canção nacional, como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, entre muitos outros.

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, até 30 de Junho. A entrada é gratuita.

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