Fernando Pinto realça trajectória de estabilização financeira em Alcochete como “esforço de Abril”

Fernando Pinto realça trajectória de estabilização financeira em Alcochete como “esforço de Abril”

Fernando Pinto realça trajectória de estabilização financeira em Alcochete como “esforço de Abril”

Para o autarca é fundamental que se celebre o “Abril já feito” e que se concretize o “que ainda falta fazer”

 

Na defesa da comunidade política e alerta para o crescimento dos partidos populistas que espalham discursos de “ódio e discriminação”, Fernando Pinto encontrou espaço para enaltecer a trajectória de “estabilização financeira” no concelho, que garantiu ser um “esforço de Abril”. O autarca sublinhou ainda que é fundamental que se celebre o “Abril já feito” e que se concretize o “Abril que ainda falta fazer”.

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Nesta quinta-feira, no encerrar da sessão solene dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete realçou que a comunidade política é “mais vasta” que os casos que se vêem na televisão e deixou a garantia que os próximos cinquenta anos vão trazer “muitos desafios”, apontando que daqui a meio século a sociedade será “totalmente diferente” daquilo que é hoje conhecido.

No seu discurso, em pleno Fórum Cultural de Alcochete, o autarca aproveitou para relembrar que o concelho alcochetano tem ao longo destes últimos anos “consolidado as contas de forma certa”, procurando sempre fazer investimentos para “melhorar a vida de toda a população”.

“Tem sido feito um investimento sem precedentes na educação, que beneficia bastante os nossos docentes e os nossos jovens. Trabalho este que vamos manter ao longo da nossa legislatura, também através do apoio a associações e instituições”.

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O edil de Alcochete sublinhou que o concelho protagoniza uma “trajectória de estabilização financeira e equilíbrio orçamental”, algo que considera ser “importante recordar neste dia”. “Este é um esforço de Abril, mas é um esforço necessário para melhorar a qualidade de vida dos alcochetanos”.

Relembrar Abril de 1974 é “fundamental”

O autarca fez questão de relembrar que a história das nações é feita de avanços, mas também de recuos. “Honrar a memória dos que fizeram este percurso nos trilhos da democracia é ter a consciência que os nossos antecessores fizeram grandes esforços para que hoje possamos viver em liberdade”, referiu.

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Para o edil alcochetano, hoje vivem-se “tempos difíceis” na esfera pública e política. “Vivemos tempos de confrontos extremados, onde existem sempre e só dois lados, os bons e os maus, como se o mundo fosse um filme”. Fernando Pinto defendeu também a comunidade política, reforçando que existem pessoas dedicadas à sociedade.

“Vivemos tempos onde se difunde a ideia de que os políticos são mentirosos, corruptos e poucos sérios. Mas não, a comunidade política é mais vasta do que os casos que se vêem na televisão. Existem pessoas que, da esquerda à direita, querem contribuir para a causa pública. Nestes momentos simbólicos é importante afirmar com clareza que a visão generalizada da política não é verdade, e é perigosa, mas todos temos culpa na desconfiança das pessoas”.

Fernando Pinto apontou para a necessidade de “perceber” os resultados das legislativas de Março, que levaram a um “crescimento dos partidos populistas”. “Não foi apenas pelo voto de protesto, mas também porque as pessoas estão desiludidas e não vislumbram um futuro melhor (…) A revolução trouxe um Portugal assente na democracia. Portugal que muitos sentem estar ameaçado. A resposta está ao nosso alcance enquanto comunidade. É altura de colocar o diálogo no lugar das opiniões absolutas. Devemos tudo isto ao capitães de Abril, aos anónimos e aos jovens militares que travaram guerras sem fundamento”.

No entender do autarca, apenas em conjunto, e através da reflexão sobre estes resultados, será possível perceber “onde se está a errar”. “Onde existirem problemas, temos de os perceber e acima de tudo resolver”, rematou.

Cante Alentejano abriu cerimónia no Fórum Cultural

As vozes do Grupo Coral Alentejano Saudades do Alentejo deram início à sessão solene em Alcochete, cantando, perante uma sala com cerca de duas centenas de espectadores, as músicas “Grândola Vila Morena” e “Mineiros”. Do cante alenejano mudou-se para o fado, com a actuação do músico José Manuel Duarte, que apresentou “Verdes anos” de Carlos Paredes.

Após a música seguiram-se as intervenções, com o presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, Mário Catalão Boieiro a abrir as hostes. Seguiu-se João Paulo Diniz, em representação da Sociedade Civil, chegando depois a vez dos partidos políticos.

A primeira intervenção foi a de Quimilson Cruz, representante do Chega, sendo que quando este foi anunciado como orador foram várias as pessoas que abandonaram a sala, recusando ouvir o seu discurso. Seguiram-se ainda Mariana Calado, do PSD, Vasco Pinto, do CDS, Ana Luísa Lourenço, da CDU, e Luís Inácio, do PS.

A cerimónia encerrou com a actuação de ‘Susana Jordão & Les Triplettes de Lisbonne’, com a tarde a acabar com um beberete na sala polivalente do Fórum Cultural de Alcochete.

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