Há 49 anos, aquela madrugada libertadora transformou o sonho e a esperança em realidade. Portugal pôde finalmente, em democracia, empenhar-se na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Das inúmeras conquistas e progressos que o 25 de Abril de 1974 trouxe, destaco a importância do Poder Local Democrático. No Seixal, as transformações económicas e sociais foram imensas nestes 49 anos, fruto do trabalho das autarquias, em conjunto com a sua população e as forças vivas do concelho, tendo como objectivo fundamental a criação de condições de vida dignas para as pessoas que aqui habitam ou trabalham.
Da vontade popular nasceu um Estado de direito democrático. Juntamente com a população, foram construídas escolas, redes de águas e saneamento, equipamentos culturais e desportivos, estradas e jardins…
Com as pessoas e para as pessoas, continuamos a construir o nosso concelho e a prosseguir na implementação dos valores de Abril. Continuamos a lutar pela continuidade e aprofundamento da democracia política, social e económica, pela igualdade e pela justa repartição da riqueza.
Nestas comemorações do 25 de Abril, com o lema “A liberdade é a nossa maior força”, o município do Seixal inclui, no programa, além de várias iniciativas culturais e desportivas, a inauguração de diversos equipamentos e espaços públicos que se vão traduzir em melhores condições de vida para a população do concelho.
Espaço de Jogo e Recreio da Quinta de São Nicolau, Balcão Seixal Best, Loja do Empresário, 1.ª fase do Parque Urbano da Torre da Marinha, Espaço Requalificado na Avenida Luís de Camões, no Miratejo, e o Parque Metropolitano da Biodiversidade são alguns dos equipamentos e espaços que inauguramos nestes dias.
Ao longo de 49 anos de Democracia temos assistido a muitos avanços e progressos, mas também vivemos verdadeiros ataques aos valores e conquistas de Abril, no desinvestimento nos serviços públicos, na saúde, na educação, no abastecimento de água, no saneamento e na recolha de resíduos, dando espaço ao crescimento do investimento privado em áreas que têm de permanecer no domínio público porque só assim se garante a universalidade de acesso.
Assistimos igualmente a fortes ataques à autonomia do Poder Local Democrático e à sua capacidade de intervenção na resolução dos problemas das populações. São exemplos desses ataques o subfinanciamento, a supressão de freguesias ou as transferências de competências em áreas como a saúde, a educação e acção social, sem a devida transferência de meios financeiros e humanos.
Hoje, cabe a nós, filhos de Abril, honrar a coragem e a integridade de todos os que lutaram pela liberdade e pela democracia. Cabe-nos defender os valores e as conquistas de Abril, construir um presente e um futuro mais justo, defender a Constituição da República Portuguesa, a valorização das funções sociais do Estado e o serviço público.
Viva o 25 de Abril!
