A erupção de um conflito armado num país fictício denominado ESTRALANJO obriga as Nações Unidas a intervir com uma força internacional em SETUBALEX no sentido de restabelecer a paz e segurança naquele território, garantindo a assistência humanitária necessária à sua população.
Portugal, através da Marinha Portuguesa, vai projectar uma Força de Fuzileiros como Initial Entry Force garantindo a estabilização inicial na região e, criar as condições de segurança e acesso para a entrada de diversas capacidades militares (inclusive de outros países), de modo a conduzirem operações subsequentes.
Este é o cenário apresentado para o treino do Destacamento CIMIC (Civil Military Cooperation) da Marinha que está a decorrer no concelho do Barreiro, até 20 de janeiro de 2017.
Previsto no plano anual de actividades do Corpo de Fuzileiros este treino tem como objectivo finalizar o aprontamento e certificação do actual destacamento para a sua futura integração na Companhia Geral CIMIC, uma estrutura de natureza conjunta que as Forças Armadas portuguesas edificaram, em 2004, para garantir a coordenação entre as operações militares, que conduzem, e os vários actores civis, autóctones ou instituições internacionais, presentes numa determinada zona de conflito.
Neste teatro de operações compete ao Destacamento CIMIC da Marinha assegurar uma estreita ligação com as autoridades locais, organizações governamentais e não-governamentais, agências e outras entidades civis por forma a auxiliar a missão da Força de Fuzileiros.
O destacamento deve ainda avaliar o ambiente na região contribuindo para facilitar a interacção entre civis e militares, cooperar na redução do impacto ambiental das operações e minimizar os danos colaterais em infraestruturas críticas bem como em locais de culto religioso e histórico. Esta é a ferramenta táctica que está na base de um dos mais recentes conceitos das operações militares desenvolvido pela NATO, o Comprehensive Approach.