“Olho para esta fotografia e a primeira coisa que imagino é uma explosão de animação”, conta Ricardo Pedrosa, sobre a imagem captada na lente de Alex Gaspar. “Foi um momento mágico em que escolhemos misturar as cartas, as sombrinhas, os balões. Objectos que utilizo nas minhas performances de magia e animação”.
A carreira de Ricardo Pedrosa tem passado sempre pela cidade de Setúbal. “Aos 10 anos comecei a apresentar espectáculos de magia nos palcos da cidade. Depois a acompanhar os meus pais em digressões, a conhecer artistas nos bastidores dos palcos, ou em reuniões com empresários”.
Filho de uma cantora e de um mágico, Ricardo nasceu nos palcos da Croácia, durante a digressão de uma revista à portuguesa em que o pai integrava o elenco. “No fundo passei os meus primeiros anos como que a fazer uma preparação, para dar também um salto para o palco”. É deste modo que Ricardo vê o seu crescimento enquanto artista. “Acho que já veio desde esse momento a minha ligação ao palco e a minha vontade de criar um personagem, tal como os personagens que via serem criados em cada digressão”.
O Palhaço Pimpolho surgiu precisamente num desses momentos de construção. “Eu já actuava com números de magia, mas queria algo mais. Foi então que surgiu a imagem do Palhaço Pimpolho”, revela Ricardo. “Com esta imagem podia explorar-me de outras maneiras”.
Dos palcos para a proximidade com o público…
Com uma carreira que tem sido também muito ligada à animação de festas e, mais recentemente, a fazer “street performance” Ricardo revela novos projectos dedicados a essa área.
Em destaque, a performance apresentada na Feira de Sant’Iago em 2018. Momentos sobre os quais o artista revela, “gostei muito da proximidade e interacção gerada entre o público e o Palhaço Pimpolho”.
Ricardo conta ainda outro segredo, “sobre o qual posso apenas desvendar um pouco: uma candidatura a um Record do Guiness…”. Quanto a revelar qual… “por agora não posso”. Novos passos em quase trinta anos de carreira, “28 de magias e animação. E 18 como profissional”.