Santiago do Cacém será um horizonte entre inovação e tradição

Santiago do Cacém será um horizonte entre inovação e tradição

Santiago do Cacém será um horizonte entre inovação e tradição

Nos próximos 170 anos, Santiago do Cacém tornar-se-á num concelho pioneiro na transição energética, equilíbrio ambiental e coesão territorial

Desde agora até 2195, três vectores convergirão para moldar o futuro do concelho, a transição energética, a agro-ecologia adaptativa e a ‘turismização’ inteligente do património.

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A introdução do maior parque solar da Europa — o projecto Fernando Pessoa, com 1,2 GW de potência e cerca de 1,9 milhões de painéis — será um marco decisivo. Prevê‑se que entre 2025 e 2030 este parque gere milhares de empregos locais, alimente comunidades vizinhas e estimule o aparecimento de ecossistemas de energias verdes, com produção de hidrogénio, armazenamento e digitalização associada. Portugal, de resto, ambiciona cobrir cerca de 85‑93 % da electricidade com renováveis até 2030. Este esforço nacional impulsionará a expansão de parques solares locais, eólicos terrestres e marítimos, e de sistemas de armazenamento — validados por políticas regionais e europeias.

Em paralelo, a agro-ecologia transformará o tradicional montado em sistemas inteligentes, resilientes a secas e alterações climáticas. Projectos como o INALENTEJO e estudos recentes em adaptação participativa propugnam uma agricultura regenerativa, com preservação da biodiversidade, gestão hídrica eficiente e integração de tecnologia digital para melhorar rendimentos sem degradar solos. Espera‑se que esta abordagem combine produção local — alimentos, cortiça, mel, biomassa — com um turismo de experiência educativa e científica, ligados a percursos pedagógicos nos montados.

O turismo cultural será outro eixo vital. O concelho, enriquecido por castelos, estações convertidas em centros culturais, trilhos interpretativos e enoturismo, beneficiará tanto da preservação patrimonial como da oferta de alojamento sustentável em aldeamentos recuperados. A aliança com a ria de Santo André e com o porto de Sines garantirá sinergias entre pesca sustentável, logística e turismo de natureza.

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Globalmente, a combinação destes factores impulsionará a demografia, fixando jovens e famílias, dinamizando a economia local diversificada e reduzindo a pressão sobre cidades maiores. O digital: a aposta em banda larga e “smart villages” promoverá teletrabalho, serviços de saúde à distância e ensino digital — componentes do Alentejo Digital 2030.

Santiago do Cacém poderá emergir em 2195 como exemplo emblemático de concelho equilibrado, energético, agroecológico, turístico e digital.

Ao adoptar energia renovável intensiva, agricultura adaptada ao clima e valorização do seu património, criará empregos qualificados, estilo de vida sustentável e resiliência territorial, mantendo vivo o vínculo entre as tradições alentejanas e a inovação global.

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