170 anos ao serviço do jornalismo e da região, que têm contribuído para a divulgação das actividades e das suas gentes, valorizando o património humano, histórico e imaterial.
A imprensa regional é um elemento preponderante para o reforço da democracia que deve ser valorizado e preservado, como veículo de informação independente, rigorosa, plural e livre.
A liberdade de expressão de pensamento, a liberdade de imprensa e o direito à informação, com proibição da censura e garantia do pluralismo político e ideológico, são direitos e garantias, adquiridos na Revolução de Abril, que temos de defender em cada momento.
Na sociedade actual, em que a celeridade com que se transmite e recebe informação facilita a construção de narrativas falsas e a desinformação, é essencial a responsabilidade da comunicação social para o reforço do regime democrático, para a transparência da vida política e para o controlo democrático da acção dos órgãos de poder.
É isso aliás que está consagrado na Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 38°.
A comunicação social e, em particular, a regional está actualmente sujeita a desafios e pressões que podem colocar em causa a transparência e rigor do jornalismo e a verdade dos factos.
Para o PCP, para além da existência, a par de órgãos de informação privados, de um sector público de comunicação social, são elementos importantes de uma comunicação social pluralista, democrática e responsável o apoio à comunicação social regional e local; a defesa da independência dos órgãos de comunicação face ao poder económico, designadamente impedindo a concentração monopolista de empresas de comunicação social; a garantia dos direitos dos jornalistas e de outros profissionais de informação e o seu respeito pelos princípios éticos e deontológicos; a garantia do exercício do direito de antena, do direito de réplica política e do direito de resposta; a defesa da identidade, da língua e da independência nacionais; a gestão não governamentalizada e a aplicação não discriminatória de apoios estatais à comunicação social; o respeito por critérios de isenção e de independência na concessão de licenciamentos relativos a actividades de comunicação social legalmente sujeitas a tal regime; a existência de órgãos constitucionais, de composição diversificada, zelando pela liberdade de informação e pela garantia do pluralismo.
“O Setubalense” ultrapassou, ao longo de 170 anos, transformações sociais e políticas, em Portugal e no mundo, e soube sempre renovar-se e inovar. Nestes 170 anos, tem provado a sua resiliência perante as dificuldades, tem demonstrado uma forte dedicação à comunidade e tem construído uma memória colectiva da região.
Parabéns ao jornal “O Setubalense” e às equipas que o construíram ao longo de 170 anos. Desejamos que celebrem muitos mais anos a informar a região.