O jornal O SETUBALENSE, como afirma Albérico Afonso Costa, historiador com vasta e importante obra publicada sobre Setúbal, “acompanhou, desde a sua formação, todo o devir histórico da cidade. Mais do que um acompanhamento de circunstância, este jornal fez e foi a própria caminhada. Meteu as mãos na massa e fez o pão da notícia.”
O periódico sadino fundado em 1855 é hoje um dos mais antigos jornais com publicação regular em todo o mundo e o seu papel no registo da vida do concelho e, agora, também da região de Setúbal, justificam plenamente que o seu determinante lugar na construção da identidade local e da nossa memória colectiva seja formalmente reconhecido.
Por essa razão, em particular porque é essencial preservar o valor patrimonial e o futuro d’O SETUBALENSE, o jornal dos setubalenses com muitos milhares de edições, a Câmara Municipal de Setúbal aprovou, recentemente, por minha iniciativa, uma proposta para que se inicie o processo de classificação, ao abrigo da Lei de Bases do Património Cultural, do jornal O SETUBALENSE como de interesse público municipal.
Nos 170 anos deste jornal é da mais elementar justiça promover este reconhecimento. Como explica Diogo Ferreira, outro historiador setubalense, a propósito da história da publicação, este é um jornal que tem “uma vida em paralelo com a da comunidade”.
E assim é, de facto, porque hoje, em Setúbal, temos a sorte, que resulta do labor de muitos homens e mulheres que fizeram este jornal, de ter o relato da transformação e desenvolvimento da nossa cidade e do nosso concelho.
Parabéns a O SETUBALENSE por estes 170 anos! Parabéns a todas e a todos os que, diariamente, poem este jornal na rua!