O curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) celebrou, este ano, trinta anos de história.

Foi da mente de Regina Marques, a primeira coordenadora de curso, entre 1993 e 2000, que nasceu a ideia da criação do mesmo.

Numa “fase de discussão e de transição para novas saídas”, onde havia várias dúvidas acerca do caminho a seguir, a professora propôs a abertura de um curso de Comunicação Social, na altura ainda bacharelato. “Eu sugeri que se abrisse o curso porque senti que era uma área aliciante para muitos estudantes”. Regina Marques sublinha, ainda, que existiam “algumas lacunas de formação” o que a motivou ainda mais para apostar neste sentido.

A partir da ideia, passou-se ao trabalho e, aos poucos, nasceu o primeiro curso “aberto a medo” que foi crescendo e tornando-se naquilo que é hoje. A licenciatura destaca-se pela sua componente prática predominante ao longo de todos os anos, que faz com que os estudantes se familiarizem com aquilo que vão encontrar futuramente no mercado de trabalho. Actualmente, a coordenadora da licenciatura Lidia Marôpo, desde 2019, considera que o curso enfrenta um desafio enorme devido à necessidade de constante mutação incentivada pelo desenvolvimento das novas tecnologias.

No entanto, admite que é um obstáculo que tem sido superado pelos professores, que conseguem adaptar as Unidades Curriculares às novas necessidades de aprendizagem dos alunos.

O futuro do curso é visto com um olhar de esperança, mas, também com “alguma apreensão” por parte do professor Ricardo Nunes, coordenador de curso entre 2003-2006 e 2013-2018, devido à diversidade de oferta formativa no país. No entanto, sublinha a importância desta licenciatura: “para bem comunicar uns com os outros, em múltiplas plataformas e distintos discursos. Sempre ancorados em sólidas bases teóricas e numa constante avaliação e capacidade critica do trabalho desenvolvido”. Este aniversário foi celebrado através da publicação do um livro “30 anos de estórias em Comunicação Social no Instituto Politécnico de Setúbal, elaborado pela turma de Produção de Texto Jornalístico do ano actual.

Para além de experiência profissional, quem passa pela ESE recebe a marcado seu espirito académico e das pessoas com quem se cruza. Uma prova disto é Carla Abreu, uma das primeiras diplomadas do curso, que sublinha o grande impacto que o bacharelato teve em toda a sua vi da uma das minha melhores amigas (da ESE) é madrinha do meu filho mais novo”. Este sentimento continua bastante actual mesmo 30 anos depois do surgimento da ideia na mente da professora Regina Marques. “O curso de Comunicação Social do IPS é uma longa viagem, recheada de aprendizagem e momentos que nos ficam para a vida”, afirma Gonçalo Martins, diplomado em 2022. “Estudantes do curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE-IPS)

Daniel Ferreira*
Iara Silva*

*Estudantes do curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE-IPS)