Este ano é “Em cada Esquina Liberdade”, depois “Seixal, Terra e Gentes de Abril” e, em 2026, Com a Constituição, Reforçar Abril”
Até Dezembro de 2026, praticamente todas as iniciativas de âmbito social, cultural, desportivo e económico que aconteceram, ou vão acontecer, no concelho do Seixal estão relacionadas com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, e também com os 50 anos da Constituição da República Portuguesa, redigida pela Assembleia Constituinte eleita a 25 de Abril de 1975 nas primeiras eleições livres gerais no País, e que entrou em vigor a 2 de Abril de 1976.
Para todas as iniciativas a Câmara Municipal do Seixal escolheu um mote, sendo que em 2024 este é “Em cada Esquina Liberdade”, com as comemorações a terem como lema “Abril, a Liberdade Que Nos Une”. Em 2025 será “Seixal, Terra e Gentes de Abril” e, em 2026, o tema do ano vai ser “Com a Constituição, Reforçar Abril”. Para cada um dos anos o programa resulta da parceria entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia, além da participação de instituições, movimento associativo, comunidade educativa e agentes económicos.
“O objectivo é assinalar de forma memorável os 50 anos do 25 de Abril de 1974 e da Revolução que abriu portas a um conjunto de profundas alterações democráticas – políticas, sociais, culturais e económicas – que marcaram a vida do nosso povo e do País, com uma relevante expressão nas diversas dimensões da vida do concelho”, realça o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva. E a isto acrescenta os 50 anos da Constituição da República Portuguesa, que tem sido o “guia estrutural da democracia em Portugal”. Criaram-se assim há 50 anos as raízes para as “alterações estruturais profundas” que “marcaram a vida do povo português e de Portugal. E é esta liberdade que tão arduamente foi conquistada e que ainda se vive, que nos une de forma indelével”, diz Paulo Silva.
Sobre como será o programa das comemorações do 25 de Abril em 2025 ainda não se sabe, e menos ainda em 2026. Embora as principais linhas já estejam traçadas pelo que tem sido veiculado pela autarquia, e dito pelo presidente da Câmara Municipal em intervenções públicas, é certo que vai celebrar a Liberdade. E, como não poderá deixar de ser, a madrugada do Dia da Revolução dos Cravos será iluminada por fogo-de-artifício, como aconteceu este ano e todos os outros anteriores, e muito provavelmente junto ao estuário do Tejo na Baía do Seixal.
Este ano, assim foi no Parque Urbano da Quinta dos Franceses onde estiveram em palco seis grandes nomes da música portuguesa: Criatura, António Zambujo, Sara Correia, Carlão, Nenny, Stereossauro e convidados. Desde então, inclusivamente desde 2023, muitas têm sido as iniciativas dentro das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 em 2024. Foi o caso da 9.ª edição do Festival Liberdade que, a 15 de Junho, no Parque Urbano da Quinta da Marialva, em Corroios, integrou a festa de final de ano no Seixal. Organizado pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), contou com a participação de 250 jovens na sua construção e mais de meia centena de iniciativas, nas áreas da música, dança, teatro, artes visuais e desporto, promovidas pelos jovens da região de Setúbal e pelo movimento associativo juvenil.
Cerca de um mês antes, a 24 de Maio, e mais uma vez dentro das comemorações do meio século da Revolução da Liberdade, o Seixal recebeu no Parque Municipal do Serrado, em Amora, o encerramento da 9.ª edição do projecto Kid’s Guernica, organizado também pela AMRS, que juntou cerca de 5 mil alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário das escolas da região de Setúbal.
Para Setembro, o grande destaque vai para a festa de abertura da 41.ª Seixalíada, é dia 21. E, em Outubro, entre várias iniciativas, é de assistir à Extensão FiSahara – Festival Internacional de Cinema do Saara Ocidental, e à 2.ª Mostra de Curtas-metragens do Cineclube Seixal. Este é ainda o mês do IX Fórum Seixal Saudável.
Novembro é um dos meses já com várias iniciativas em agenda, sendo que, por enquanto, o destaque vai para a exposição Mulheres e Resistência que pretende dar a compreender a importância e o papel no processo literário e político que envolveu as três Marias: Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
Dezembro é aquele mês em que muito acontece no Seixal. Haverá, por certo, a Aldeia do Pai Natal com feira e animação para as crianças, mas, na agenda de todos os dias, e também na primeira semana de 2025, está inscrita a exposição Ato (Des)colonial, cedida pelo Museu do Aljube – Resistência e liberdade que revela diversos processos de resistência ao colonialismo português entre 1926 e 1974.