27 Abril 2024, Sábado
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Constança Quinteiro: “Quero aproveitar a voz que tenho para fazer mais do que só música bonita”

Este ano, encontra-se a apresentar ao vivo o seu EP de estreia a solo, “Aventurina”, um mix de canções na qual traduz “a sua forma de ver a vida: de pés na terra e coração na lua”

 

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Constança Quinteiro é uma das novas vozes femininas do panorama musical nacional, situada entre a suavidade com que canta e as canções que escreve. “Miúda”, “Corpo a Corpo”, “Dança” e mais recentemente “Aquária” e “Mil maneiras” compõem o seu primeiro trabalho de originais, “Aventurina”, que se encontra a apresentar ao vivo este ano.

Natural de Sesimbra, já com oito anos tinha aulas de música para aprender a tocar guitarra e piano. Depois de um período de interrupção, o gosto pela música fê-la voltar, em 2008, quando já estava no 12.º ano de escolaridade, a tocar guitarra de forma autodidacta, numa primeira fase, e mais tarde em aulas com a mesma professora com que tinha tido em criança. Na universidade, estudou Ciências da Comunicação, mas nunca deixou a música de parte.

“Percebi que estava mesmo a gostar daquilo e que até tinha algum jeito. Fui continuando nas aulas privadas e como estava a viver em Lisboa inscrevi-me em aulas de canto no Conservatório, onde estudei também música jazz”, começa por dizer a O SETUBALENSE.

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Nessa altura, começou a compor, a escrever e a criar as suas músicas. Deu alguns concertos em Sesimbra, em nome próprio, até surgir o projecto Medvsa, com Ricardo Gonçalves, com o qual editou um EP e foi finalista do EDP Live Bands 2018.

“Ganhei imensa experiência, mas não me sentia 100 por cento satisfeita e ainda em 2018 decidi ir para Londres estudar música. Fiz um curso em Music Performance, mais focado em canto e a seguir outro em composição e produção”, conta. “Ao mesmo tempo desse segundo curso, já de 2019 para 2020, a pessoa que produziu o EP do Medvsa, o Miguel Ferrador, também estava em Londres e decidimos encontrarmo-nos porque eu ganhei a vontade de começar a fazer algo a solo”, adianta.

No final de 2019, começaram a trabalhar as primeiras músicas. Em 2020, Constança terminou o segundo curso e dedicou-se à composição e produção das músicas do EP. “Em Setembro, descobri que estava grávida e questionei-me se seria boa ideia nessa altura lançar uma carreira a solo mas decidi arriscar e ainda bem que o fiz. Aconteceu tudo no momento certo, pelas razões certas”, partilha.

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“Miúda” é o primeiro single, lançado em Fevereiro de 2021, seguido de “Corpo a Corpo” e de “Dança”, lançado a par do EP, em Outubro. “Dança” é uma música “sobre uma mulher que sabe bem o que quer e que vai atrás, nesta lógica de incluir o empowerment feminino na mensagem”. Também enquanto artista, Constança pretende actuar neste sentido. “Neste momento, tenho duas pessoas, o Miguel Ferrador e o Vinicius, que trabalham comigo, mas tento ter uma equipa superfeminina. Na parte visual e dos videoclipes, só trabalho com mulheres e acho que é super importante se queremos realmente fazer alguma diferença”, afirma. Já este ano chegam os visualizers da “Aquária”, em Abril, e da “Mil maneiras”, no mês de Maio.

Planos para 2022: marcar mais concertos e lançar mais músicas

Em “Aventurina”, EP que tem vindo a apresentar em concertos desde Fevereiro deste ano, reúne assim um conjunto de canções pop marcado pela forte influência das sonoridades lusófonas, da R&B e da Soul. “O EP foi muito pessoal, reflectiu muito os meus últimos anos de vida. Todas as músicas falam um bocadinho da minha história, ainda que sinta que acabo sempre por ter mensagens para motivar as pessoas. Quero sempre passar uma energia boa, inspirar as pessoas a fazer, a ir atrás dos seus sonhos”, diz. Para além das mensagens positivas, sente também necessidade de incluir nas canções “problemas que não são só os meus, coisas mais sérias, como a saúde mental ou a justiça. É importante falar sobre amor, mas sou muito mais do que isso no meu dia a dia e acho importante também passar isso para as pessoas, dar-lhes uma voz e também não ter medo de passar os meus valores e o modo como vejo o mundo”.

Para Constança Quinteiro, “por vezes sentimos que não conseguimos fazer grande diferença neste mundo, mas a música acaba sempre por ter um impacto e se isso é possível eu quero aproveitar a voz que tenho para uma coisa melhor, fazer mais do que só música bonita”.

No que diz respeito ao futuro, pretende “continuar a trabalhar e lançar novos singles. Sonoramente a onda vai andar no mesmo estilo, nesta mesclagem de música pop com influências mais lusófonas”.

O lançamento de um álbum faz parte dos planos, “mas não para já. Deve ser uma coisa muito bem feita, pensada e coesa e que faça muito sentido. Apesar de hoje sentir que estou a ganhar uma voz mais definida enquanto artista, não só a nível sonoro, mas também da mensagem que quero passar, acho que faz falta trabalhar ainda mais”. Este compasso de espera será, na sua opinião, “importante para perceber se realmente me identifico com as coisas e receber também o feedback do público, que também nos inspira e motiva”.

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