Utentes exigem resposta imediata do Governo sobre ruptura nas urgências no HGO

Utentes exigem resposta imediata do Governo sobre ruptura nas urgências no HGO

Utentes exigem resposta imediata do Governo sobre ruptura nas urgências no HGO

As comissões de utentes da Saúde do Seixal e Almada dizem que da parte da administração do hospital apenas há silêncio

As comissões de utentes da Saúde dos concelhos do Seixal e Almada não aceitam que as urgências de Pediatria, Obstetrícia e Ortopedia do Hospital Garcia de Orta (HGO) estejam a passar por períodos em que encerram, como aconteceu no passado sábado, em que, “por falta de profissionais para garantir o serviço, estas estiveram sem funcionar até às 08h30. Esta apenas uma das interrupções.

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“Infelizmente esta situação é recorrente, tendo as comissões de utentes, reiteradamente, colocado este assunto em todas as reuniões que tiveram com o conselho de administração [do Hospital Garcia de Orta] e com o Ministério da Saúde”, refere nota de Imprensa emitida pelas comissões.

Entretanto, a administração do Hospital de Almada já veio admitir que o corpo clínico de Ortotraumatologia, Ginecologia e Obstetrícia “está debilitado”, mas também assegura que está a tomar “todas as diligências” para reforçar a equipa de médicos e enfermeiros. Em comunicado, garante ainda que “estão a ser encetadas todas as diligências para reforçar as equipas médicas e de enfermagem, não havendo restrições à contratação”.

Uma garantia que parece não convencer as comissões de utentes. Com o HGO a cobrir uma área geográfica com cerca de 350 mil habitantes, diz José Lourenço, porta-voz da comissão ligada ao Seixal, que é preciso dar resposta para resolver a falta de recursos humanos. Uma situação que as comissões acompanham de perto. “Diariamente estamos em contacto com os profissionais de saúde para saber o que está a acontecer”, já o mesmo não acontece com a administração do hospital; “não nos atendem”.

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Afirmam as comissões que “não será por falta de alertas dos utentes e dos profissionais que a ministra da Saúde [Marta Temido] pode ignorar a péssima gestão da direcção clínica do HGO e o fosso criado entre esta e os diversos serviços clínicos”.

Inclusivamente, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul já apelou ao Governo para que demita o conselho de administração e direcção clínica do Hospital de Almada, e afirma existir uma “grave gestão de recursos humanos”.

Segundo foi noticiado pela Lusa, através de comunicado o mesmo sindicato referiu que o director clínico, na ausência de acção do presidente do conselho de administração, Luís Amaro, assumiu um confronto global com todos os médicos do Hospital Garcia de Orta, não tendo sido capaz de elaborar um plano de contingência que fosse amplamente discutido e que pudesse ajudar na resolução dos problemas do hospital, devido à falta de médicos de várias especialidades.

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Sobre a questão da falta de profissionais na unidade de Almada, diz José Lourenço, reportando-se ao comunicado das comissões, que é tempo de pôr fim a uma situação que se “arrasta há anos sem que o Governo, sabendo das causas que a provocam, tenha querido assegurar as medidas para solucionar os graves problemas de recursos humanos no HGO e, de uma forma geral, em todo o Serviço Nacional de Saúde”.

Perante este quadro de acontecimentos no HGO, as comissões de utentes afirmam que “não podem deixar de se associar às denúncias levadas a cabo pelos sindicatos do sector e exigir da ministra [Marta Temido] que tome todas as medidas necessárias para a resolução de todos os constrangimentos em causa, que muito afectam o Serviço Nacional de Saúde, os seus profissionais e os seus utentes”.

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