8 Julho 2024, Segunda-feira

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UF Barreiro e Lavradio apoiou 150 famílias com cabazes alimentares desde o inicio da pandemia

UF Barreiro e Lavradio apoiou 150 famílias com cabazes alimentares desde o inicio da pandemia

UF Barreiro e Lavradio apoiou 150 famílias com cabazes alimentares desde o inicio da pandemia

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Projecto garante ajuda a um total de 500 munícipes

 

A União de Freguesias do Barreiro e Lavradio, que desde o inicio da pandemia covid-19 decidiu reforçar o Projecto Freguesia Apoia, anterior à actual crise sanitária e cujo grupo de trabalho já sinalizava diversas situações de natureza social naquela zona do território, continua a garantir semanalmente o apoio a dezenas de famílias carenciadas do concelho, sobretudo, junto da comunidade lavradiense.

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Gabriela Soares, presidente do executivo, em declarações a O SETUBALENSE, explica que no período pré-covid estas situações eram “encaminhadas para instituições com capacidade de resposta às carências alimentares da população”, porém, com a chegada da crise pandémica, o número de casos aumentou significativamente. “Nessa altura percebeu-se que todas as ajudas que viessem eram importantes e necessárias, até porque começaram a surgir cada vez mais famílias em que, pelo menos, um dos membros do casal tinha ficado desempregado ou visto o seu salário reduzido, tendo surgido um novo quadro familiar diferente daquele a que estávamos habituados”, disse.

Neste âmbito e desde Maio do ano passado, a junta tem desenvolvido um trabalho contínuo e já apoiou “150 famílias que representam 500 pessoas até esta altura”, revela a responsável, adiantando que neste momento o apoio em termos de cabazes alimentares continua a ser garantido “a um total de 64 famílias”, 24 das quais do Barreiro (sendo quatro oriundas do Bairro das Palmeiras) e 40 do Lavradio (uma residente no bairro dos Fidalguinhos), contabilizando 171 pessoas que ainda continuam a necessitar deste apoio, 68 das quais crianças.

A entrega semanal é feita porta-a-porta, todas as quintas-feiras. “Começámos por o fazer com a ajuda de um grupo de voluntários, no entanto, com a agudização da pandemia durante a segunda vaga, tem sido o executivo – inclusive eu própria –, a fazer a distribuição deste apoio alimentar”, realça. Os cabazes entregues à população – actualmente entre 12 a 15 –, incluem produtos não perecíveis e de higiene, alguns dos quais dirigidos a crianças, nomeadamente, material de apoio escolar, livros e até brinquedos durante a última quadra natalícia. “Também temos entregue alguns frescos, porque temos uma parceria com a Re-food Barreiro que, quando tem excedentes de legumes ou frutas, os canaliza para este nosso projecto”, explica.

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Uma tarefa que a autarca considera ser “difícil, mas que tem sido gratificante, porque ao entregarmos porta-a-porta também conseguimos fazer a verificação de uma série de outras situações da população”, destaca.

Donativos ajudam a manter projecto

Para conseguir a sustentabilidade do projecto, Gabriela Soares sublinha que a “junta tem conseguido ter alguma verba para fazer face a esta situação, mas temos recebido donativos, tanto da parte do comércio local como de mecenas que preferem manter o seu anonimato – cidadãos e cidadãs barreirenses que, gratuitamente, nos têm dado ajudas –, além da colaboração de empresários locais e que têm feito com que nunca nos tenha faltado aquilo que é importante o cabaz possuir”, assinala, cabendo à própria União de Freguesias que assegure o fornecimento dos produtos em falta.

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“O investimento, à escala do nosso orçamento, é muito inferior à compensação que recolhemos todas as quintas-feiras, quando entregamos os bens alimentares às famílias”, garante a presidente, defendendo que “damos muito menos do que aquilo que recebemos”. Àquela junta, entre outros, junta-se ainda o apoio dado pela Associação Nós e a Associação de Judo, além da Associação Cultural e Desportiva dos Fidalguinhos e a Baía do Tejo.

Por sua vez, a Câmara do Barreiro é quem coordena o grupo municipal que está a desempenhar esta função no terreno, estando todas as tarefas “muito bem divididas, porque também o município está a cuidar de outras famílias” do concelho. “Quando não conseguimos fazer face a alguma solicitação, em tempo útil, temos um trabalho que é assegurado em equipa e podemos contar com a câmara ou alguma instituição, em que todos são necessários e sabem aquilo que devem fazer”.

Muitos dos agregados que usufruem destes apoios e que já são confrontados com a dificuldade em pagar as suas contas, por vezes, preferem que uma das refeições já esteja cozinhada, existindo um conjunto de variáveis que influenciam o apoio que lhes é prestado, caso das pessoas portadoras de alguma doença, em particular, ou dos munícipes mais idosos. A freguesia do Lavradio, segundo a presidente, é a que exige mais atenção da junta “por ter duas realidades: a urbanização dos Fidalguinhos e a zona mais ‘velha’ da localidade”, conclui.

Projecto ajuda quem mais precisa

Entretanto, também a população tem vindo a juntar-se num movimento espontâneo, através do Projecto Gratitude, que serviu de pontapé de saída ao “Frigorífico Solidário”, localizado junto a um restaurante da urbanização dos Fidalguinhos, para ajudar as famílias mais carenciadas.

O proprietário, Mário Santos, decidiu colocar um destes aparelhos no exterior da sua unidade comercial e deste modo “ajudar quem mais precisa”, situação que adveio do excedente de comida não comercializada face ao decréscimo das vendas devido à pandemia. Ao invés de deitar fora os produtos, o empresário optou por colocar a comida no interior deste frigorífico que, entretanto, já ganhou um segundo aparelho.

A solidariedade tem vindo a crescer, com a colaboração de alguns clientes e de outros restaurantes, e conta com a ajuda de diversos jovens do concelho.

Recentemente, também a ADC – Associação Desportiva e Cultural dos Fidalguinhos, recebeu de uma família de mecenas um total de 600 quilos de bens alimentares, entregues ao Projecto Gratitude. “Sem dúvida fará toda a diferença na ajuda aos mais carenciados”, afirma nas redes sociais, onde agradece a doação e garante que continuará a “lutar e a ajudar, de forma constante e sempre de boa vontade”, com a ajuda de voluntários

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