Tribunal adia sentença de mulher que matou filho com sete facadas na Moita

Tribunal adia sentença de mulher que matou filho com sete facadas na Moita

Tribunal adia sentença de mulher que matou filho com sete facadas na Moita

Leandro Almeida foi condenado pelo Tribunal de Almada

Maria Odete Ramos, com 52 anos, queixava-se a vizinhos de ser maltratada pelo seu filho, Diogo Cruz, de 20 anos

 

O Tribunal de Almada adiou, esta quinta-feira, a leitura da sentença no julgamento de uma mulher com 52 anos que matou com sete facadas o próprio filho em casa no Vale da Amoreira, na Moita.

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O colectivo de juízes procedeu a uma alteração não substancial dos factos e deu à defesa prazo para se pronunciar. A leitura está agendada para o início de Janeiro estando a arguida acusada de homicídio qualificado.

O crime ocorreu no dia 20 de Dezembro do ano passado, na Praceta Maria Helena Vieira da Silva, na freguesia do concelho da Moita. Maria Odete Ramos, com 52 anos, queixava-se a vizinhos de ser maltratada pelo seu filho, Diogo Cruz, de 20 anos, e até tinha apresentado queixa por violência doméstica contra o mesmo.

Esta viria a ser arquivada devido à morte do suspeito.

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De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público, suportado pela investigação da Polícia Judiciária de Setúbal, nessa noite, a arguida chegou a casa, pelas 23 horas e ficou enraivecida por ver esta desarrumada, sem que o filho, desempregado e em casa o dia inteiro, fizesse algo para a limpar.

A arguida começou a partir pratos na cozinha e junto ao quarto do seu filho, onde este se encontrava com a namorada. “Confrontada por Diogo Cruz, a arguida disse que já estava farta de o aturar e que tinha que sair de casa”, pode-se ler na acusação.

Diogo ameaçou chamar a polícia, ao que Maria Odete disse para fazer e logo a seguir viu a mãe dirigir-se à cozinha, empunhar uma faca e correr na sua direcção. “Tem calma, estás a fazer o quê?”, perguntou Diogo, fugindo pela casa para a sala de estar, onde foi atacado.

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Maria Odete atacou o filho com várias facadas no tronco e quando este já estava inanimado arrastou-o pelas pernas para o corredor. Perante os gritos, vizinhos acorreram à casa e exclamaram para que Odete parasse

“O que estás a fazer, para que ele já não está a resistir”, implorou uma vizinha. Odete respondeu que ele estava a fingir e colocando-se em cima do corpo do filho, esfaqueou-o novamente no pescoço, face e tronco dizendo “ele ainda não morreu, merece morrer, vou matá-lo”.

A namorada da vítima, em choque, foi em auxílio de Diogo, mas Odete virou a faca contra esta, fazendo com que esta fugisse. Um vizinho conseguiu então agarrar Odete e tirar-lhe a arma, mas a fúria era tal, que esta conseguiu escapar e pontapear a cabeça da vítima.

Cerca de duas semanas antes do crime, Maria Odete queixou-se a uma vizinha “que estava farta do filho, que não o queria lá em casa e que o tiro que este havia levado há uns tempos devia ter atingido a cabeça”. De acordo com a acusação, Odete disse que “qualquer dia se passava e que o matava”.

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