27 Junho 2024, Quinta-feira

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Sindicato diz que pararam 17 das 21 composições no Metro Sul do Tejo

Sindicato diz que pararam 17 das 21 composições no Metro Sul do Tejo

Sindicato diz que pararam 17 das 21 composições no Metro Sul do Tejo

Metro Sul do Tejo

A empresa aponta para vários níveis de adesão desde o início da paralisação

 

A greve dos maquinistas do Metro Sul do Tejo parou 17 das 21 composições durante a manhã, segundo o sindicato, enquanto a empresa aponta para vários níveis de adesão desde o início da paralisação, às 00h00 de hoje.

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António Domingues, presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) explicou em declarações à agência Lusa que, no período da manhã, apenas quatro veículos efectuaram o serviço.

Já a empresa Metro Transportes do Sul (MTS), que gere o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, refere que, até às 07h00, foram realizadas 47% das circulações previstas, das 07h00 às 10h00, o valor foi de 39% e, das 10h00 às 13h00, foi de 42%.

A empresa requereu às autoridades para que fossem decretados serviços mínimos, mas o mesmo não foi realizado.

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Os maquinistas iniciaram na quinta-feira, às 00h00, um período de cinco dias de greves, divididos entre paralisação total e ao trabalho suplementar.

Na quinta-feira, aqueles profissionais iniciaram a greve ao trabalho suplementar, que vai terminar às 24h00 de segunda-feira, dia 2 de Janeiro.

Entre hoje e domingo, 1 de Janeiro, os trabalhadores estão em paralisação total.

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Segundo o sindicato, na base desta paralisação está a falta de acordo com trabalhadores e a empresa no que respeita ao Acordo de Empresa, considerando que a Metro Transportes do Sul “respondeu de forma demasiado vaga, sem um compromisso objectivo e sério quanto a datas em matéria de negociação de um Acordo de Empresa”.

A MTS, por seu turno, criticou o sindicato num comunicado divulgado na quarta-feira, indicando que a estrutura representativa dos maquinistas avançou para uma paralisação ignorando aumentos salariais acima do que foi referenciado em sede de concertação social, e sublinha que a greve provocará constrangimentos.

No comunicado, a empresa referiu que foi confrontada com dois novos pré-avisos de greve entregues pelo SMAQ, numa atitude que ignora “os aumentos salariais definidos para 2023, entre 7,4% e 9,6%, atingindo todos os colaboradores da empresa, incluindo os operadores de condução filiados neste sindicato”.

A empresa assegura que, apesar das greves registadas em Outubro e Novembro, a administração fez questão de manifestar ao SMAQ a sua disponibilidade para dialogar e negociar, no sentido de encontrar um entendimento entre as partes.

Numa reunião realizada em 2 de Dezembro, adianta a empresa, o sindicato apresentou uma proposta que incluía a valorização salarial, a melhoria das condições de trabalho e também a negociação de um Acordo de Empresa.

A MTS assegura que mostrou disponibilidade para iniciar negociações nesse sentido, mas, acrescenta, o sindicato marcou agora a paralisação, demonstrando assim que “não tem qualquer interesse em negociar”.

Hoje, à Lusa, o presidente do sindicato disse que a disponibilidade manifestada pela empresa para negociação de um Acordo de Empresa em 2024 é uma manobra dilatória quando esta é uma das principais exigências sindicais sempre reivindicadas desde há 14 anos quando se iniciou este serviço de transportes na margem sul.

António Domingues disse ainda que, face à greve e “numa tentativa de esvaziar o seu efeito”, trabalhadores não sindicalizados e precários estão a ser convocados para trabalhar.

Por outro lado, adiantou, estão a ser feitos turnos consecutivos sem o período mínimo de repouso estipulado pelo código de trabalho.

A MTS refuta estas declarações assegurando que estão a ser cumpridos os períodos de descanso e que não existem trabalhadores precários na empresa.

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