A situação é recorrente há anos. Paulo Assis, residente, diz que o imóvel já apresenta sinais de desnivelamento e fissuras, face a sucessivas infiltrações
Desde “pelo menos há três anos” que as inundações são recorrentes no prédio onde reside Paulo Assis, no Lote 1 da Praça da Paz, no Bairro da Bela Vista, zona do Afonsoeiro, Montijo. Hoje, os moradores voltaram a ser confrontados com água nas caves do imóvel. “Dizem [os serviços da Câmara Municipal] que o problema é de um tubo de rega dos jardins”, conta Paulo Assis, inconformado.
Segundo o morador, a canalização de rega está instalada junto ao prédio, que, faz notar, “começa a dar sinais evidentes de danos, de desnivelamento e a apresentar fissuras”. Na ocorrência registada nesta sexta-feira, “uma cave ficou inundada e outras também já estavam com água”, lamenta. Ao mesmo tempo, sublinha que já perdeu a conta aos episódios, que continuam a acontecer e sem solução à vista. “Todos os anos, pelo menos desde há três que estou cá a residir, que [os serviços da autarquia] vêm e fazem remendos nesse tubo. Mas passado um mês ou dois, as inundações voltam a acontecer”, critica. E reforça: “Ainda na passada semana estiveram cá a proceder a arranjos, mas…”.
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A situação tem causado vários prejuízos. “No meu caso, já sofri danos significativos em material de construção e mobílias que ali tinha guardadas. Foi no ano passado. Se a autarquia quer continuar a gastar desnecessariamente o dinheiro de todos nós nas facturas de materiais que ficam destruídos e no desperdício de tanta quantidade de água, muito bem”, ironiza.
Paulo Assis diz que propôs uma solução aos serviços da autarquia. “Já que o problema é recorrente, suspendam a rega da relva até que consigam efectuar uma reparação eficaz de uma vez por todas. Se suspenderem a rega por esse motivo, com certeza que ninguém se importará”, atira.
Na inundação desta tarde, o morador diz ter voltado a chamar o piquete de serviço. Mas ficou desolado. “Liguei pelas 14h30, mas transmitiram-me que não tinham ninguém disponível para cá vir antes das 16 horas. E a água sempre a entrar e a acumular-se.”
A preocupação maior, agora, é a de que o imóvel, face a sucessivas infiltrações nas caves, possa “estar a afundar”. Até porque, “já se nota algum desnivelamento, além de fissuras e azulejos estalados no interior”, conclui.
O SETUBALENSE, através de e-mail, questionou a Câmara Municipal do Montijo, mas até ao momento ainda não obteve resposta.