Fábrica da CCEP em Azeitão, que abastece o país, assegura que estão garantidos os padrões de segurança e qualidade
O engarrafador europeu da Coca-Cola na Bélgica anunciou esta segunda-feira uma recolha em larga escala de produtos na Europa devido ao teor excessivo de clorato, mas o problema não afecta Portugal, cujo mercado é abastecido pela fábrica da Coca-Cola Europacific Partners (CCEP), localizada em Azeitão, concelho de Setúbal.
A recolha de produto diz respeito a latas e garrafas de vidro de Coca-Cola, Sprite, Fanta, Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Trópico, que foram distribuídas na Bélgica, nos Países Baixos, no Reino Unido, na Alemanha, em França e no Luxemburgo, que estão em circulação desde o final de novembro.
“Não temos um número exato, mas é evidente que estamos a falar de uma quantidade considerável”, disse à AFP a Coca-Cola Europacific Partners Belgium, empresa distinta da Coca-Cola Europacific Partners (CCEP) que opera em Portugal.
“Estamos cientes da ocorrência que afectou alguns países europeus. Esta foi uma situação identificada e isolada, e como referido apenas afecta os países mencionados. Os produtos para consumo em Portugal são produzidos na nossa fábrica em Azeitão, de acordo com os padrões regulamentares de segurança e qualidade habituais.”, explicou a CCEP em nota enviada esta tarde à redacção d’O SETUBALENSE.
Já quanto aos outros países europeus a empresa da Bélgica, Coca-Cola Europacific Partners Belgium, avançou que “a maioria dos produtos não vendidos em causa já foram retirados das prateleiras das lojas e continuamos a tomar medidas para retirar do mercado todos os restantes produtos”.
O engarrafador belga, que apresentou as suas desculpas, pede que os produtos em causa não sejam consumidos e acrescentou que podem ser devolvidos ao ponto de venda para reembolso.
“Na nossa unidade de produção em Gand, estamos a efetuar testes no âmbito dos nossos procedimentos de controlo e de conformidade regulamentar e estes testes identificaram níveis elevados de clorato”, explicou a empresa da Bélgica..
Num parecer científico de 2015, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos considerou que a exposição a longo prazo ao clorato nos alimentos poderia constituir um potencial problema de saúde para as crianças, em especial as que sofrem de deficiência de iodo ligeira a moderada.
Com Lusa