PSP não tem dinheiro para reparar carros

PSP não tem dinheiro para reparar carros

PSP não tem dinheiro para reparar carros

PSP da Baixa da Banheira com apenas um carro para patrulhar área de 36 mil habitantes. Duas das três viaturas da esquadra aguardam reparação. Cenário é comum um pouco por toda a região.

 

A esquadra da Polícia de Segurança Pública de Baixa da Banheira tem apenas um carro para patrulhar e responder a ocorrências numa área que inclui a vila e o vale da amoreira, com um total de 36 mil habitantes.

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As outras duas viaturas da frota desta esquadra estão avariadas e aguardam que o Ministério da Administração Interna possa desbloquear verbas para os concursos públicos que permitam a contratação dos serviços de oficina.

A falta de viaturas em condições de circular é um problema que afecta todas as quatro divisões da área territorial do Comando Distrital de Setúbal, sabe O SETUBALENSE.
Perante a carência de meios, a solução tem sido uma gestão integrada de toda a frota distrital, de forma a manter as divisões em idêntica situação de número de viaturas e garantir que nenhuma esquadra fica abaixo dos mínimos.

Com as esquadras sem carros, a PSP mantém a presença e circulação de viaturas policiais em cada cidade contando com os meios afectos às diversas valências que possui, como a Brigada de Intervenção Rápida, que roda por toda a região, incluindo a Baixa da Banheira.

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O SETUBALENSE questionou a esquadra e o Comando Distrital de Setúbal, sobre a falta de viaturas, mas não obteve ainda resposta. Uma das perguntas colocadas é sobre como responde a PSP da Baixa da Banheira quando existem duas ou mais ocorrências em simultâneo.

São conhecidos casos de agentes que têm de usar as suas viaturas pessoais em situações relacionadas com o serviço.

Também Nuno Cavaco, presidente da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira revela que, “em diferentes ocasiões” já transportou agentes no carro da autarquia, “porque os mesmos não tinham meios disponíveis para se deslocarem”.
Na Baixa da Banheira, o problema prolonga-se, pelo menos, há seis meses e Nuno Cavaco estima que “a esquadra deveria ter, pelo menos, seis carros e entre 50 a 60 agentes, de acordo com o rácio população-meios”.

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O autarca recorda que a população de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira já apresentou a sua preocupação por diversas vezes e afirma que os próprios agentes da PSP, “estão desagradados, pois sentem que não conseguem cumprir a sua missão e terem que usar as suas próprias viaturas”. Porque mesmo o carro disponível está em risco de ficar parado, “devido a falta de manutenção”.

Em contacto recente com Magina da Silva, director nacional da PSP, Nuno Cavaco tomou conhecimento de que “a reparação dos carros de serviço está a obrigar a concursos e procedimentos muito pesados para a polícia”. Para o director nacional “definitivamente, a lei não ajuda a que a reparação seja célere, tendo a PSP já referido ao Governo que é urgente alterar procedimentos”.

Esta falta de meios está a dificultar a relação de proximidade entre as forças de segurança e a população, “porque embora a criminalidade tenha diminuído mais de 2%, o sentimento de insegurança aumentou, talvez, em parte, devido à falta de meios, que leva os agentes a não conseguirem actuar sempre que necessário”.

Recentemente, o jornal O SETUBALENSE tomou conhecimento de um caso em que o INEM terá sido chamado para assistir um homem de 40 anos, com uma crise que pânico que estaria a colocar a sua vida em risco.

Seguindo o protocolo, o INEM notificou a PSP da Baixa da Banheira para que acompanhasse a ambulância. E, no local, a equipa de emergência médica determinou que o homem deveria ser encaminhado para o Hospital de S. José, mas o Comando Distrital da PSP não estaria a dar autorização para acompanhar os bombeiros, porque apenas havia um carro patrulha disponível.

Cidade Setúbal também é afectada e reboque nunca se vê

A falta de meios, tanto de viaturas como de recursos humanos, afecta também a PSP em Setúbal. Uma consequência muito notada é a falta do reboque da polícia, que antigamente operava com grande intensidade e que, entretanto, deixou de ver-se há muitos meses na cidade.

O Comando Distrital não respondeu às perguntas d’OSETUBALENSE, mas o jornal sabe que a explicação dada, sobre a ausência do reboque, é que continua a operar, embora menos horas.

Por falta de agentes com a função de operadores dessa viatura, é necessária uma escala regional, que implica a circulação destes operacionais por várias esquadras. Por essa razão, segundo esta tese, o reboque de Setúbal trabalha apenas alguma horas em certos períodos.

Em emergências, a PSP de Setúbal tem de pedir o auxílio do Comando Distrital de Lisboa, para enviar meios á cidade. Para o dia-a-dia dos carros mal-estacionados, a polícia sadina vai usando somente os bloqueadores, amarelos.

O futuro da gestão de transito, no que a reboque diz respeito, não passa pela contratação de mais agentes para essa função em Setúbal nem pela vinda de novos reboques. O que está previsto é o recurso ao sector privado, através da contratação do serviço, após concursos públicos. Um procedimento administrativo que, segundo apurou o jornal, estará a ser ultimado.

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