Escolha de Almada passou por ser o concelho do distrito com mais eleitores e melhores acessibilidades para receber congresso da mudança
Almada acolhe o 41.º Congresso Nacional do PSD no próximo sábado, 25 de Novembro. É a primeira vez que o partido marca uma reunião magna no Distrito de Setúbal, sendo que a escolha partiu da Comissão Política Distrital de Setúbal, liderada por Paulo Ribeiro. A proposta foi apresentada à Comissão Política Nacional e Luís Montenegro aceitou a ideia.
“Considerámos importante dar um sinal forte para as legislativas de 10 de Março [2024] aqui no Distrito de Setúbal”, diz Paulo Ribeiro. A escolha de Almada veio por ser o concelho “mais populoso da região”, e ainda porque reúne “melhores condições de acessibilidade e logística” para uma reunião magna onde vão ser aprovados os novos estatutos do PSD e lançada a campanha para o embate eleitoral que decidirá o próximo Governo do País.
Os social-democratas vão assim reunir no Complexo Municipal Cidade de Almada, no Feijó. Em cima da mesa ainda esteve a possibilidade de realizar o congresso extraordinário em Sines, mas acabaram por vingar as “dimensões do pavilhão” em Almada e a “facilidade de proximidade aos principais acessos”.
O facto de ser o concelho com mais população do distrito pesou ainda na escolha da Comissão Política Distrital de Setúbal por dar oportunidade ao PSD de “contactar com mais pessoas”, e também por ter o “maior número de eleitores”, acrescenta Paulo Ribeiro. Portanto, foi uma questão de “logística e também política”.
Também a escolha de 25 de Novembro para realizar o congresso tem para o presidente da distrital “pertinência”. Neste dia, em 1975, “foi conseguida a estabilização do processo democrático em Portugal”, refere. A comemoração desta data tem sido assunto polémico, de alguma forma com divisões à esquerda, e voltou a ser tema nacional quando o social-democrata Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, decidiu que a capital vai assinalar os 48 anos da mesma.
“Entendemos ser importante comemorar o 25 de Novembro com o congresso, especialmente com o mesmo a realizar-se num distrito onde, entre o 25 de Abril de 1974 e 1975, o PSD sofreu muito”, lembra Paulo Ribeiro. “Tivemos boicotes aos nossos comícios e, em Setúbal, houve mesmo a morte de uma pessoa que queria assistir a um comício do PSD. Portanto, a escolha desta data não foi um acaso, foi propositado”, acrescenta.
Com o congresso a abrir as portas às 8h00, só às 10h00 começam as intervenções com Paulo Ribeiro, na qualidade de presidente da distrital, a iniciar os trabalhos. Segue-se o presidente do PSD, Luís Montenegro, e depois inicia-se o debate dos dois pontos agendados: a alteração estatutária e análise a situação política. Dois temas que o partido já tinha fixado em Abril.
Numa reunião sem eleições nem moções, daí ser apenas um dia, o tema de maior debate será mesmo a análise política sobre o partido e o País. “Este congresso vai demonstrar ao eleitorado que o PSD tem propostas alternativas para governar depois de 10 de Março. Neste momento o País não funciona, é inaceitável”, afirma.
“Não funciona na saúde, não funciona na educação, nem na justiça, o mesmo acontece na habitação, na defesa e na segurança. Vamos demonstrar ao País que a única alternativa ao Partido Socialista é o partido Social Democrata, para governar. Uma alternativa que é corporizada por Luís Montenegro, e este congresso vai demonstrar isso mesmo; que há uma política nacional que serve os portugueses”.